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El Corte Inglés “perplexo” com dualidade de critérios do Governo nesta fase do desconfinamento

A cadeia espanhola de retalho considera que a diferença de permissões de comércio entre as grandes superfícies e os grandes armazéns no que respeita aos artigos de moda, têxtil-lar, decoração, eletrodomésticos e alimentação desvirtua as regras da concorrência e coloca em risco postos de trabalho e os rendimentos de cerca de cinco mil famílias, entre colaboradores diretos e indiretos.
5 Abril 2021, 19h25

O El Corte Inglés Portugal assume estar “perplexo” com a decisão do Governo que permite aos hipermercados vender tudo e impede os grandes armazéns de o fazer, nas novas regras da segunda fase do desconfinamento, que esta segunda-feira prosseguiu para a uma nova fase no nosso país.

“O El Corte Inglés Portugal está perplexo com a dualidade de critérios aplicada nas regras do desconfinamento. Enquanto algumas grandes superfícies podem abrir e vender de tudo a partir de hoje, os grandes armazéns não o podem fazer, o que configura uma deturpação das regras da concorrência. Estes condicionamentos estão a por em causa a viabilidade da manutenção dos postos de trabalho”, avisa um comunicado da cadeia espanhola de retalho.

Segundo esse documento, “o El Corte Inglés está empenhado, desde a primeira hora, na implementação de regras e protocolos de combate à pandemia, ao mesmo tempo que luta para manter a sua atividade, investimentos, compromisso com os fornecedores e, sobretudo, os postos de trabalho diretos e indiretos”.

“Contudo, à luz das novas regras de desconfinamento, as grandes superfícies como os hipermercados, podem vender moda, decoração, têxtil-lar, eletrodomésticos, além da alimentação, ao passo que os grandes armazéns, que são também uma grande superfície, estão impedidos de fazer o mesmo”, denuncia esta cadeia de distribuição.

De acordo com o referido comunicado, “no entender da empresa, esta dualidade de critérios está a prejudicar o seu negócio e, consequentemente, os seus trabalhadores e os seus fornecedores, e põe em causa as regras de livre concorrência de mercado”.

“O El Corte Inglés está, como sempre, a cumprir escrupulosamente todas as regras, no entanto gostaria de declarar, publicamente, o seu repúdio por esta regra que considera injusta e prejudicial e que põe em causa os rendimentos de mais de cinco mil famílias, entre colaboradores diretos e indiretos”, conclui o comunicado em causa.

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