Duas empresas espanholas, Aberties e Globalvia, estão de olho na empresa que concessiona as estradas portuguesas, avança o jornal espanhol ‘El Economista’. De acordo com o jornal, este negócio pode ficar fechado por 1.450 milhões de euros, tornando-se assim uma das maiores operações de infraestruturas da Europa.
Fontes do mercado em Espanha afirmaram ao jornal que os dois grupos estiveram a analisar o processo nas últimas semanas e que todas as empresas interessadas em adquirir a Brisa apresentam esta quinta-feira, 19 de dezembro, as ofertas não vinculativas para deter 80% da empresa portuguesa. É de lembrar que no passado mês de outubro, o grupo José de Mello e o fundo de investimento Arcus colocaram a empresa, que detinham há mais de 20 anos, à venda.
As duas empresas estiveram a trabalhar esta semana nas ofertas preliminares para a Brisa, segundo as fontes. Contactadas pelo El Economista, as companhias não quiseram fazer comentários.
De acordo com as fontes, a Globalvia já tinha dado como certo a apresentação de uma proposta, enquanto a Abertis ainda não tinha fechado se ia a jogo.
A empresa Abertis foi em tempos um acionista relevante na portuguesa Brisa. Durante uma década, a empresa esteve no capital da concessionária das estradas portuguesas, mas quando tentou alcançar uma posição de controlo na hierarquia, o grupo espanhol abdicou dos 15% que detinha, no âmbito da Oferta Pública de Aquisição (OPA). Agora, a multinacional espanhola volta a tentar a sua sorte no mercado português.
A Brisa gere 1.628 quilómetros de estrada em Portugal, que estão distribuídos por 17 auto-estradas, seis estradas nacionais e seis rotas adicionais. Além disso, a empresa portuguesa possui seis concessões (Brisa Concessão Rodoviária BCR, Atlântico, Litoral Oeste, Baixo Tejo, Brisal e Douro Litoral), e participação na Via Verde, M Call, Controlauto, A-to-Be, TIIC, Millennium, Rothschild e DriveNow.
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