O objetivo era claro: fazer um navio elegante e luxuoso. Como é habitual, o estaleiro Lürssen Yachts não divulga informações durante as construções de navios e o maior iate do mundo exigia sigilo, do mais absoluto possível, avança o jornal ‘Expresso’. O secretismo pode ser a razão pela qual o iate está desaparecido.
O exterior foi confiado à empresa Nauta Design, que conta com 25 anos de experiência, enquanto o interior ficou a cargo do estilista Christhophe Leoni. O estaleiro, além da construção, ficou responsável pelo desenvolvimento da engenharia.
O ‘Azzam’ precisou de quatro anos de trabalho, um dedicado à engenharia e os restantes à construção. O nome significa ‘determinação’ em árabe, sendo que o seu proprietário é o xeque Khalifa Bin Zayed Al Nahyan, o presidente dos Emirados Árabes Unidos (EAU) e o emir (príncipe) de Abu Dhabi.
O ‘Azzam’ conta com seis andares, 180,6 metros de comprimentos e 20 metros de largura. O calado, o espaço ocupado pelo navio dentro de água, tem 4,3 metros, o que lhe permite navegar por águas poucas profundas. O salão principal tem 29 metros de comprimento por 18 metros de largura, sendo decorado num estilo imperial.
Como navegar em água não chega, a embarcação conta com duas piscinas interiores, cinema e 18 suites, que podem albergar 36 convidados. Segundo rumores, a suite principal é à prova de bala e o iate está equipado com um sistema anti-mísseis.
‘O maior iate do mundo’ não é o único ‘título’ que a embarcação ostenta. É também o mais caro, uma vez que o presidente dos EAU terá pago cerca de 570 milhões de euros. No entanto, este valor pouco interessa porque a fortuna do xeque está avaliada em 13,4 mil milhões de euros.
Para abastecer o navio são necessários um milhão de litros de combustível. O ‘Azzam’ tem dois motores a diesel, suportados por duas turbinas a gás, o que lhe confere um total de 94 mil cavalos. Para a privacidade, o exterior é fechado por janelas, o que confere mais privacidade. Tem ainda um heliporto na proa.
No entanto, o problema é que a luxuosa embarcação está desaparecida desde 2018. A navegar com a bandeira de Abu Dhabi, ‘Azzam’ esteve atracado em Tarragona, Espanha, durante quatro meses para terminar as decorações. Depois de finalizado, migrou para o Porto de Khalifa, onde foi realizando viagens pelo Golfo Pérsico.
O barco deixou de emitir sinal em 2017 e perdeu-se o rasto até novembro de 2018, quando voltou a ser detetado em Trieste, no nordeste italiano. Efetuou manutenção em Fincantieri, mas quando entrou na doca, em direção a mar aberto, deixou de emitir a localização até aos dias de hoje.
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