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Eleições em Berlim voltam a desafiar Merkel

Após derrotas noutros atos eleitorais regionais, a chanceler enfrenta novos focos de contestação.
  • Leonhard Foeger/Reuters
18 Setembro 2016, 09h00

Baden-Württemberg, Renânia-Vestfália, Mecklemburgo-Pomerânia: depois de três derrotas em eleições regionais, a última das quais histórica, pois pela primeira vez a extrema-direita ficou à frente da CDU e logo na terra da própria chanceler, hoje há eleições em Berlim e Angela Merkel volta a enfrentar desafios.

Segundo o semanário “Die Zeit”, dentro do próprio partido de Merkel chegou um ultimato de alguns elementos no sentido de que, caso não haja substanciais alterações no que têm sido as políticas da chanceler, sobretudo no campo da imigração, até à próxima terça-feira, vários dos “rebeldes” farão críticas públicas ao seu trabalho.

Sondagens divulgadas pela imprensa alemã apontam para a vitória do actual líder em Berlim, o social-democrata Michael Müller, após cinco anos de uma coligação entre centro-esquerda e centro-direita da qual a CDU se arrisca a ser excluída. A sequência que poderá afirmar-se é uma aliança entre o SPD, os Verdes e o partido de esquerda Die Linke.

Para a CDU é apontado um resultado próximo dos 17%, mas algumas sondagens também admitem que o partido da chanceler seja ultrapassado pelos Verdes e fique no terceiro lugar. Isto apesar de, ao longo da campanha, o candidato da CDU, Frank Henkel, ter deixado promessas no sentido de um reforço policial de 750 agentes com investimento adicional de dois milhões de euros em questões de segurança.

Entretanto, o Alternative für Deutschland (AfD), partido de extrema-direita anti-imigração que ficou à frente da CDU nas eleições de Mecklemburgo-Pomerânia, é apontado para obter votação com dois dígitos pela primeira vez em Berlim. Perante este cenário, o próprio Müller alertou no sentido de que, caso este desfecho se confirme, os alemães correm o risco de receber olhares preocupados do mundo inteiro face a algo que poderia ser encarado como um regresso da extrema-direita e dos nazis no país.

 

 

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