O líder da Liga italiana, Matteo Salvini, incentivou a população a ir às urnas neste domingo e está confiante de que o seu partido será uma das forças parlamentares “no pódio” para a formação do novo governo.
“Estou a contar que a Liga será uma das forças parlamentares no pódio, primeiro, segundo ou terceiro no máximo. A partir de amanhã, não se fala mais e passaremos de compromissos a atos. Temos ideias claras”, previu, após depositar o seu voto numa assembleia de voto em Milão, de acordo com a agência de notícias Adnkronos.
Salvini reconheceu que serão “meses complicados” para a Itália, diante da crise energética e económica que toda a Europa atravessa, frisando que “quanto mais pessoas votarem, mais forte” será o país, ao mesmo tempo que com estas eleições “a política será legitimada”.
O líder do Partido Democrático (PD), Enrico Letta, também exerceu o seu direito constitucional de voto, numa assembleia de voto em Roma por volta das 9h, onde apertou a mão a alguns dos seus apoiantes.
Outros políticos que depositaram os seus votos nas urnas foram o presidente italiano, Sergio Mattarella, em Palermo, bem como o líder do Itália Viva, Mateo Renzi, que votou em Florença na companhia da sua esposa Agnese Landini, após ter publicado uma mensagem na sua conta oficial do Twitter, incentivando a população a ir às urnas.
“Já votamos. Faça-o também, seja qual for a sua opinião política. A democracia alimenta-se do compromisso de todos. Viva a República, viva a Itália. 25 de setembro”, escreveu Renzi, na publicação de uma fotografia em que aparece depositando o seu voto.
Carlo Calenda, da Ação italiana, também votou numa assembleia de voto perto da Fonte de Trevi. “Vote, vote livremente, sem condições e sem medo. A Itália é sempre mais forte do que quem a quer fraca”, disse na sua conta do Twitter.
O líder da Ação italiana referiu-se à figura histórica de Péricles, realçando que é necessário votar “conscientemente”. “Um cidadão que não cuida do Estado não é inofensivo, mas inútil”, disse o político italiano, citando Péricles.
O ex-primeiro ministro e presidente do partido Força Itália, Silvio Berlusconi, também foi votar na sua assembleia de voto em Milão, onde destacou que “é a primeira vez que vê filas para votar”.
“Nunca vi filas noutros anos”, disse enquanto esperava para entrar no edifício, acompanhado da sua companheira Marta Fascina.
A última a votar, antes de as urnas fecharem às 23h, será a líder dos Irmãos da Itália, de extrema-direita, Giorgia Meloni, que decidiu adiar a entrega do seu voto devido à multidão de fotógrafos e repórteres em frente à sua assembleia de voto.
Nestas eleições, nas quais o bloco de direita, liderado por Meloni, é o favorito, cerca de 50 milhões de pessoas terão de ir às urnas, com mais de quatro milhões de italianos no exterior.
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