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Eleições EUA: Twitter assinalou 300 mil publicações relacionadas como enganadoras

Depois das interferências externas na eleição presidencial de 2016, a rede social do pássaro azul garantiu que iria implementar mecanismos para impedir a proliferação de desinformação relacionada com o processo democrático, numa estratégia que levou o presidente Trump e os seus aliados a acusarem a plataforma de ter um viés anti-conservador.
  • Brendan McDermid/Reuters
17 Novembro 2020, 16h22

O Twitter assinalou cerca de 300 mil tweets como parte do seu esforço para combater a desinformação à volta da eleição presidencial dos EUA, que decorreu no passado dia 3 de novembro. Quem o afirma é Jack Dorsey, citado pela Associated Press (AP). O diretor executivo da companhia está esta terça-feira está a ser ouvido no Senado.

Os números foram revelados numa audição perante o Comité Judiciário da câmara alta do Congresso norte-americano, que irá ouvir também Mark Zuckerberg, o diretor executivo do Facebook, sobre os esforços de ambas as empresas para impedir a disseminação de informações falsas, contraditórias ou enganadoras sobre o mais recente ato eleitoral.

Dorsey fez saber que a sua rede social marcou à volta de 300 mil tweets de conteúdo discutível, que representaram 0,2% de todas as publicações na plataforma sobre a eleição. Estas publicações foram vistas, em 74% dos casos, já depois de terem sido identificadas pelo próprio Twitter. Os casos mais notórios são os do próprio presidente Trump, que viu várias publicações suas assinaladas pelas suas alegações infundadas de fraude.

A audição, realizada por iniciativa de um painel bipartidário profundamente dividido, deverá dar continuidade às queixas de Trump através dos senadores republicanos que o compõem, incluindo o presidente do comité, Lindsey Graham, um dos mais notórios defensores do presidente.

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