As eleições gerais em Israel vão realizar-se no dia 9 de abril de 2019, seis meses antes do fim previsto da legislatura, anunciou esta segunda-feira em Jerusalém a coligação que apoia o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu.
“Os líderes dos partidos da coligação decidiram, por unanimidade, dissolver o Knesset [parlamento israelita] e realizar eleições, em princípio de abril, cumpridos quatro anos da legislatura”, anunciou a coligação num comunicado citado pelo jornal diário Haaretz.
A marcação de eleições antecipadas surge após uma crise governamental por divergências no seio da coligação em relação a uma proposta de lei para estender o recrutamento do serviço militar obrigatório aos judeus ultraortodoxos, que atualmente estão livres dessa obrigação.
A proposta vai a votação no dia 06 de janeiro, mas o partido Yesh Atid, um dos principais da coligação, liderado por Yair Lapid, já fez saber que votará contra a posição oficial do Governo.
Este anúncio veio abalar ainda mais a base de apoio de Netanyahu, que dispõe apenas de 61 lugares numa câmara de 120, após a saída em rutura do antigo ministro da Defesa, Avigdor Lieberman, e do seu partido da coligação de direita.
O primeiro-ministro israelita, que cumpre o seu quarto mandato, enfrenta atualmente diversas investigações judiciais relacionadas com problemas financeiros, fiscais e de eventual corrupção. A posição de Netanyahu está politicamente próxima do insustentável. É que não só o primeiro-ministro está sob a alçada das investigações como uma série de amigos que lhe são próximos são suspeitos de conseguirem o favorecimento do político em negócios na órbita do Estado.
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