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Eleições PS Madeira: Carlos Jardim critica inexistência de discussão sobre desenvolvimento económico e social da Madeira

Para o candidato à liderança do PS Madeira a complexidade do mundo vai obrigar a Madeira a fazer uma reflexão muito profunda sobre aquilo que quer para o seu desenvolvimento.
19 Março 2020, 07h45

O candidato à liderança do PS Madeira, Carlos Jardim, afirma que a grande preocupação dos atores políticos da região tem sido discutir a pessoa, A,B,C,D ou minudências, fait-divers, em vez dos assuntos relacionados com o desenvolvimento da ilha.

“Quando nós olhamos para a vida política e entendemos que não estão a ser discutidos os assuntos, que entendemos que devem ser discutidos, então devemos participar. E é isso que me motiva a participar. Eu entendo que existe um modelo que potencia o nosso desenvolvimento económico e social e entendo que esse modelo é o modelo do socialismo democrático”, reforça o socialista.

Carlos Jardim sublinha que a complexidade do mundo, a evolução tecnológica, a mudança no desenvolvimento económico, as nossas áreas tecnológicas, a mudança do eixo atlântico-norte para o asiático, as alterações na União Europeia, são factores que devem levar a Madeira a fazer uma reflexão muito profunda sobre aquilo que quer para o seu desenvolvimento.

“Não podemos ter ideias ocas, frases sem sentido, ou esvaziadas de sentido, e começar a discutir abertamente o que nos move e que caminho queremos seguir”, alerta.

O candidato à liderança dos socialista madeirenses diz a região, nos últimos dez anos, está a ser governada ao sabor do vento, sublinhando que que a governação ficou também condicionada por “decisões mal tomadas” que nos levaram a uma dívida exagerada e que condicionaram a nossa autonomia e desenvolvimento.

“Tivemos a felicidade de atravessar um momento feliz de ocupação hoteleira e turismo, e agora temos normalização de mercados de turismo concorrentes do nosso. Isso implica que temos de tomar novas decisões, e ver quais as formas que temos para compensar esta natural descida que nós vamos assistir. Terá que haver obrigatoriamente uma reflexão profunda sobre isso com capacidade e competência. Não me motiva muito as palavras ocas, os madeirenses já estão neste ponto. Os madeirenses precisam de projetos, ideias, e de desenvolvimento”, explica Carlos Jardim.

Órgãos do partido decisivos para candidatos autárquicos

Para Carlos Jardim existem cabeças de lista em determinadas Câmaras Municipais que serão naturais candidatos mas que existem outros candidatos que podem eventualmente suscitar algumas dúvidas. “Essas dúvidas têm de ser devidamente ultrapassadas nos órgãos certos”, clarifica.

“Porque se nós não corrermos estes passos a verdade é que depois sendo candidatos que não são naturais o resultado não será o melhor a nível dos resultados eleitorais e daquilo que é a defesa do projeto do PS”, alerta.

Quando questionado sobre quem poderiam ser esses candidatos não naturais, Carlos Jardim disse que não se referia a ninguém em concreto, mas que pretendia justificar a importância de ouvir o partido e garantir que aquele candidato é o melhor.

“Aliás temos uma experiência recente que nos sítios onde os candidatos, não foram os candidatos naturais, o aparelho do partido acabou por não responder da melhor maneira possível ao desafio da direção. E depois tudo isto são coisas que condicionam o resultado eleitoral”, explica.

Carlos Jardim defende que os militantes “não servem só para abanar a bandeira, também têm opinião válida e devem ser ouvidos”.

Veja a Edição do Económico Madeira de 06 de março.

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