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Elon Musk pagou 250 mil dólares para calar trabalhadora vítima de assédio sexual (com áudio)

O fundador da Tesla e Space X prometeu um cavalo a uma trabalhadora em troca de uma massagem erótica, revela a “Business Insider”. Acordo prevê o silêncio da vítima e a promessa de avançar para tribunal. Elon Musk já negou o caso.
20 Maio 2022, 07h56

A SpaceX pagou 250 mil dólares (236 mil euros) a uma trabalhadora que foi alvo de assédio sexual por parte do fundador da empresa Elon Musk, revela o “Business Insider”. O acordo prevê o pagamento de 250 mil dólares em troca do silêncio da vítima e a promessa de não avançar com o caso para tribunal.

O jornal digital teve acesso a documentos e entrevistou pessoas com conhecimento do caso. Elon Musk negou o caso e a SpaceX recusou fazer comentários.

A trabalhadora era assistente de bordo num dos aviões da SpaceX e acusou Musk de mostrar-lhe o seu pénis e de o roçar na sua perna sem consentimento. Depois, ofereceu-lhe um cavalo em troca de uma massagem erótica.

O incidente teve lugar em 2016 segundo documentos obtidos pela publicação. A publicação noticiou que o acordo foi alcançado rapidamente em 2018, após queixa da vítima ao departamento de recursos humanos da SpaceX, depois de uma sessão com um mediador onde Musk esteve pessoalmente presente.

Depois de contratada, a assistente de bordo foi encorajada a aprender a fazer massagens. O assédio sexual teve lugar num voo a bordo de um jato privado de Musk. A vítima considera que as oportunidades de progredir na carreira dentro da empresa cessaram após este episódio.

Contactado, Elon Musk disse que a história tinha uma “motivação política” e que o objetivo era “abaté-lo”. A publicação voltou a insistir, mas Musk rejeitou responder.

Os detalhes sobre o assédio sexual fazem parte de uma declaração assinada em 2018 por um amigo da vítima a testemunhar que a vítima lhe tinha revelado o caso na altura em que teve lugar.

Já a Spacex não quis fazer comentários.

No Twitter, Musk disse que as “acusações selvagens são completamente falsas”.

E novamente, disse que estava a ser perseguido politicamente: “Os ataques contra mim devem ser vistos através de uma lente política – isto faz parte do livro de regras (nojento) deles – mas nada me vai impedir de lutar por um bom futuro e pelo vosso direito à liberdade de expressão”.

E desafiou a vítima a dar detalhes sobre cicatrizes ou tatuagens no seu corpo que não sejam do conhecimento do público: “Ela nunca vai poder fazer isso, porque não aconteceu nada”.

A história sobre o assédio sexual é divulgada num momento em que Elon Musk tenta comprar a rede social Twitter.

A amiga revelou a história à “Business Insider” sem autorização da vítima, por considerar que o assédio sexual tinha de ser revelado, por ela própria já ter sido uma vítima de assédio sexual.

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