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Em busca de Puidgemont. Avião privado de Guardiola revistado ao aterrar em Barcelona

É a segunda vez que um avião particular é revistado por suspeita de transportar o ex-presidente do governo regional da Catalunha, impedido de regressar a Espanha.
23 Fevereiro 2018, 14h52

O avião privado do treinador do Manchester City, Josep Guardiola, foi revistado no último domingo, 18, depois de aterrar em Barcelona, porque a Guardia Civil suspeitava que Carles Puidgemont pudesse vir a bordo, noticiam os jornais espanhóis esta sexta-feira.

No avião seguiam mulher, filhos, o cunhado e um sobrinho do técnico catalão, que terão sido abordados pelas autoridades assim que desembarcaram no aeroporto de El Prat. Uma situação “desagradável”, segundo testemunhos citados pelo desportivo digital alacontra.es.

Os militares da Guardia Civil terão justificado a busca como “rotineira”, pela necessidade de confirmar que o número de passageiros era igual ao que estava registado. “Trazem mais alguém?”, perguntaram as autoridades, ao que Cristina Guardiola respondeu negativamente. A resposta da mulher de Guardiola não evitou que as autoridades revistassem o interior do avião.

De acordo com afirmações dos trabalhadores aeroportuários, as forças de segurança espanholas estavam mesmo à procura de Carles Puidgemont, ex-presidente do governo regional da Catalunha que está impedido de regressar a Espanha, após o referendo de outubro de 2017. “Eles estão à procura de Puigdemont”, contaram.

“Eles [Guardia Civil] estão loucos. Entram nos aviões que chegam da China. Alucinam! ” afirmaram ainda os trabalhadores do El Prat ao site espanhol.

De acordo com o El Mundo, as autoridades terão respondido apenas a um alerta, sem qualquer conhecimento que se tratava do avião do antigo treinador do Barcelona. Esta também terá sido a segunda vez que o avião de Guardiola é fiscalizado, depois da “fuga” de Puidgemont.

É público o apoio que Guardiola deu ao governo de Puidgemont na questão independentista. Num dos jogos do Manchester City, em Inglaterra, o catalão chegou mesmo a usar um laço amarelo na camisola, símbolo pela exigência da liberdade dos políticos presos, após o referendo considerado ilegal por Madrid.

Em janeiro o ministro do interior espanhol, Juan Ignacio Zoido, disse que as autoridades iriam apertar a vigilância a Puidgemont, na eventualidade do seu regresso à Catalunha.

O El Mundo conta ainda que esta terá sido a segunda vez que um avião foi revistado para saber se Puidgmont seguiria a bordo. Aconteceu a 28 de Janeiro, no aeródromo de Ocaña, em Toledo, quando um avião chegara da Bélgica.

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