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Em dia de Concertação Social, saiba o que patrões e sindicatos vão pedir ao Governo

Governo e parceiros reúnem-se em concertação social, com a discussão sobre atualização do salário mínimo em 2018 no topo da agenda. A proposta do Executivo é de uma subida de 23 euros para 580, mas os sindicatos pedem mais. Do lado das empresas, o pedido é de contrapartidas. Veja aqui o que cada um defende.
  • Cristina Bernardo
24 Novembro 2017, 07h50

Organizações Sindicais

  • CGTP – Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses Intersindical

“Tendo presente a importância da atualização do SMN e dos salários em geral para melhorar as condições de vida dos trabalhadores e das famílias, bem como o desenvolvimento económico e social do país, a CGTP-IN apresenta 10 razões para que a efetivação dos 600 euros, em janeiro de 2018, seja uma realidade”, referiu a CGTP em comunicado. Entre as razões estão que o “aumento do SMN é fundamental para retirar 11% dos trabalhadores da pobreza” e que “a atualização do SMN deve constituir um estímulo para a subida de todos os salários”.

  • UGT – União Geral de Trabalhadores

Carlos Silva, secretário-geral da UGT disse à Lusa que vão aceitar a subida para os 580 euros, mas que propõem os 585 euros. Acrescentou preferir “manter uma postura moderada” nas negociações, mas considerou que, face ao ritmo económico do país, os 585 euros seriam “razoáveis”. “Temos de manter a pressão, até para empurrar os outros salários para cima”, disse.

Organizações Empresariais

  • CIP – Confederação Empresarial de Portugal

“Não é que o salário mínimo não devesse ser – assim o país tivesse condições e as empresas para o suportarem – dessa dimensão. Vejo nessa argumentação do PC uma luta partidária com o Bloco de Esquerda”, disse António Saraiva, presidente da CIP, em entrevista à Antena 1 e ao Jornal de Negócios, acrescentando que rejeita a proposta de aumento para 600 euros e que esta é “uma luta partidária” do PCP com o Bloco de Esquerda.

  • CCP – Confederação do Comércio e Serviços de Portugal

“Não vai haver negociação nenhuma”, disse o presidente da CCP, João Vieira Lopes, em entrevista à Renascença. “O Governo tem uma posição de 580 euros, porque tem um acordo político nesse sentido e nós somos claramente contra estas decisões serem tomadas em termos político-administrativos”.

  • CAP – Confederação dos Agricultores de Portugal

“Um salário de 600 euros não é um salário muito elevado, mas o país não tem a economia que gostava de ter”, disse o presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal, Eduardo Sousa, citado pela Lusa. “Para que possamos chegar a salários que tenham no seu patamar base um nível de 600 euros era necessário que houvesse uma ajuda à prossecução dos resultados das empresas que não está contemplada no Orçamento do Estado para 2018”.

  • CTP – Confederação do Turismo Português

“Claramente não há folga para aumentar para os 600 euros. Essa questão ainda não foi posta em cima da mesa em Concertação Social”, disse Francisco Calheiros, presidente da CTP, em entrevista ao Expresso. “Apesar de parecer que um aumento de 20 euros é pouco, e até é, não podemos esquecer que a subida do salário mínimo tem em conta uma série de princípios indexantes, como a inflação e a produtividade, porque estamos a falar de aumentos de 5%, muito acima da inflação”.

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