A ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, defendeu a ex-secretária de Estado Carla Alves no Parlamento e destacou que “em momento nenhum foi arguida, em momento ela foi acusada e a informação que nos deram era esta e foi com base nisso”.
Durante debate, Maria do Céu Antunes disse que o currículo de Carla Alves “garantia a continuidade das políticas” que já vinham a ser implementadas na pasta da Agricultura.
Currículos à parte, a governante assegurou que sentiu necessidade de perguntar a Carla Alves “se tinha condições para assumir o lugar” até por esta ser “uma pessoa que vive no norte do país em Trás-os-Montes, tem uma vida pessoal e familiar que tem implicações grandes do ponto de vista até da própria logística”.
Nesse embalo, aproveitou e questionou Carla Alves sobre se tinha algum processo. “Ao qual a engenheira me deu conta de que não tinha nenhum processo”, mas admitiu que “havia um processo sim que envolvia o marido do seu tempo de autarca, mas que não tinha implicações com ela própria”.
Como tal, a governante diz que tendo em conta as explicações apresentadas, entendeu “que [Carla Alves] tinha as condições para assumir o lugar e foi nesse sentido que a propus para assumir as funções de secretária de Estado”.
No entanto, depois da tomada de posse de Carla Alves enquanto secretária de Estado da Agricultura, Maria do Céu Antunes recordou que foi confrontada por um “órgão de comunicação social ” que “falava sobre o processo do marido, que falava sobre as contas arrestadas do marido”.
“Nós perguntamos e mais uma vez aquilo que nos foi dito é que é um processo do marido e soubemos então que havia uma conta conjunta onde o casal depositava os seus vencimentos e que essa conta tinha tudo declarado”, referiu.
A 6 de janeiro, a recém-empossada secretária de Estado da Agricultura, Carla Alves, demitiu-se do cargo por entender não ter condições políticas e pessoais para iniciar funções, devido à polémica causada pela investigação ao marido, o ex-presidente da Câmara de Vinhais, Américo Pereira.