“Guia para aprender online: um mundo de opções para explorar” é uma nova ferramenta disponibilizada pela Fundação José Neves. Pode ser consultado online ou descarregado a partir desta terça-feira, 19 de setembro.

No Guia, o leitor encontra informação útil para compreender o potencial da aprendizagem online, com pistas e recomendações que ajudam a tomar decisões informadas, como as tipologias e os modelos de cursos ou formações existentes, e quais as vantagens, desvantagens e desafios que o ensino online encerra.

Fazendo uma visita pelo Guia, ficamos a saber, por exemplo, que o ensino online representa um mercado global de 332 mil milhões de dólares (310,67 mil milhões de euros), o que até parece módico quando comprado com as estimativas para 2030 que apontam para que venha a valer mais do dobro: 687 mil milhões de dólares (642,86 mil milhões de euros).

No plano nacional, cerca de um em cada três portugueses, isto é 32%, dos 16 aos 74 anos aprendeu online em 2022, um número que sobe para os 59% no caso dos jovens dos 16 aos 24 anos. Portugal tem acompanhado esta tendência e está mesmo acima da média da União Europeia (UE).

As pessoas que mais procuram aprender online e que têm, naturalmente, objetivos diferentes, são: Alunos a tempo inteiro; Trabalhadores que visam progredir na carreira; Trabalhadores que procuram mudar para outra área profissional; Empreendedores ou freelancers; Adultos em geral. Em Portugal quem mais procura aprender online são os mais jovens, os mais qualificados, estudantes ou empregados.

O desenvolvimento profissional é a principal motivação para aprender online e, de acordo com a plataforma Coursera, 48% dos que frequentaram cursos de especialização profissional identificam melhorias no seu desempenho profissional e 22% reportam melhorias salariais, assim como benefícios também no plano pessoal. A maior plataforma internacional conta 87 milhões de formandos entre 2012 e 2021.

O foco do guia está nos recursos disponíveis para quem quer apostar na sua aprendizagem e desenvolver as suas competências — ou seja, opções de aprendizagem formal e não-formal. A aprendizagem formal é estruturada (como um curso) e ocorre num espaço controlado, estando geralmente associada à obtenção de uma certificação ou grau académico. A aprendizagem não-formal também segue uma estrutura e objetivos de aprendizagem, embora ocorra em contextos mais flexíveis (como uma plataforma autónoma) e não confere forçosamente certificação.

E apresenta uma lista (não-exaustiva) de exemplos das tipologias formal e não-formal: cursos graduados, cursos online de especialização, MOOC (Massive Open Online Course), SPOC (Small Private Online Course), Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA), Workshops de formação contínua e Módulos educativos.