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Emocionado. Manuel Alegre lembrou “herança” do “construtor principal da democracia”

“Foi um grande resistente à ditadura – que lhe deu força e o estatuto para ele depois liderar o combate pela democracia, de que ele foi o construtor principal”, recordou o socialista.
28 Dezembro 2016, 18h28

Manuel Alegre esteve no Hospital da Cruz Vermelha em visita a Mário Soares e recordou o percurso do fundador do PS, em declarações aos jornalistas.

“Devemos recordar Mário Soares na sua vida toda, nos seus combates todos. Ele viveu mais tempo em ditadura do que em democracia, foi 13 vezes preso pela PIDE, foi deportado por ordem de Salazar para S. Tomé, depois exilado por ordem de Marcelo Caetano”, disse o histórico socialista, lembrando que “não se pode mutilar a biografia de Mário Soares nem adaptá-la às conveniências e foram os seus combates, o seu espírito de resistência”.

“Foi um grande resistente à ditadura – que lhe deu força e o estatuto para ele depois liderar o combate pela democracia, de que ele foi o construtor principal”, continuou.

Manuel Alegre relembrou a herança dos valores da liberdade defendidos pelo fundador do PS. “Mário Soares disse um dia que a liberdade é em si mesmo um valor revolucionário: a liberdade de palavra, liberdade de pensamento, liberdade de discordar. Essa é a herança de Mário Soares. Ele também disse que não há liberdade sem igualdade e não há igualdade sem liberdade. Essa é a herança dele”, afirmou.

Mário Soares está internado há duas semanas no hospital da Cruz Vermelha, onde deu entrada no dia 13 de dezembro. De acordo com o último comunicado do hospital, o antigo Presidente da República está em “coma profundo” e com “prognóstico muito reservado”.

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