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Empresas portuguesas desenvolvem sonda de cortiça para explorar Marte

Este projeto para a ESA – Agência Espacial Europeia é coordenado pela Corticeira Amorim e integra o ISQ – Instituto de Soldadura e Qualidade, PIEP – Pólo de Inovação em Engenharia de Polímeros e a Critical Materials.
2 Abril 2018, 13h39

Um grupo de empresas portuguesas está a desenvolver um projeto para a Agência Espacial Europeia (ESA) com o objetivo de explorar Marte.

O projeto é coordenado pela Corticeira Amorim e integra o ISQ – Instituto de Soldadura e Qualidade, PIEP – Pólo de Inovação em Engenharia de Polímeros e a Critical Materials.

A ESA está a desenvolver duas missões que envolvem o envio de sondas para Marte, a Mars Sample Return (em associação com a NASA) e a Phootprint – Phobos Sample Return, que implica o envio de sondas para Marte, com o objetivo de recolher amostras de solo marciano, transportando-as de seguida para o planeta Terra.

“O projeto desenvolvido por este conjunto de entidades portuguesa teve como objetivo o desenvolvimento de um sistema de escudo de proteção técnica e amortecimento de choques na aterragem”, destaca um comunicado do ISQ.

A Corticeira Amorim, líder do projeto, construiu o demonstrador, enquanto a Critical Materials procedeu ao desenvolvimento da engenharia.

O ISQ e o PIEP ficaram encarregues dos testes de desenvolvimento, sendo que o ISQ ficou também responsável pelos testes de validação final do demonstrador, executados nas suas instalações de castelo Branco.

“Durante a fase de desenvolvimento tecnológico do sistema foram realizados ensaios mecânicos, ensaios de condutividade térmica, de calor específico, de impacto e de caracterização de materiais”, explica o referido comunicado do ISQ.

Segundo esse documento, “este sistema será colocado num veículo que trará amostras de Marte para a Terra”, tendo como propósito “conseguir que essas amostras oriundas de Marte cheguem intactas à Terra”.

O ISQ acrescenta ainda que, na fase de validação final, foi realizado um ensaio de impacto, onde foi simulada a aterragem da sonda.

“O projeto atingiu os objetivos planeados, embora seja um projeto a longo prazo. Estamos perante uma solução de engenharia portuguesa, que exigiu mais de dois anos de trabalho e um investimento de 400 mil euros, com a mais-valia de ser uma solução mais leva, mais simples, 25% abaixo do peso máximo exigido”, conclui a mesma nota.

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