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“Empresas portuguesas voltaram ao mapa dos investidores”, realça presidente da Euronext Lisboa

Na conferência Via Bolsa, organizada pela Euronext Lisboa, Paulo Rodrigues da Silva falou de uma mudança nas tendências de investimento, a que o PSI 20 não foi alheio. Aliado ao crescimento económico, baixo desemprego e subidas do ‘rating’ levaram o índice nacional a destacar-se das congéneres europeias no ano passado.
  • Cristina Bernardo
20 Fevereiro 2018, 15h55

O presidente da Euronext Lisboa considera que as ações portuguesas beneficiaram no ano passado de um contexto nacional favorável, acompanhado de uma transição nas tendências de investimento globais. Na conferência Via Bolsa, organizada esta terça-feira pela instituição, em Lisboa, Paulo Rodrigues da Silva afirmou que a conjugação de fatores levou Portugal a voltar a captar investimento estrangeiro.

“Os fluxos de investimento mudaram dos EUA para a Europa”, explicou Rodrigues da Silva, acrescentando que “Portugal beneficia desta tendência”.

“A boa performance económica, o desemprego e o grau de investimento da República também ajudaram a que as empresas portuguesas voltassem a estar no mapa dos investidores e levou a que o PSI 20 tivesse a melhor performance entre as Bolsas europeias”, disse o presidente da Euronext Lisboa.

Sobre 2017, Rodrigues da Silva sublinhou ainda que foi um ano positivos para as ações, sendo que o lucro do grupo Euronext, em que se incluem as bolsas de Paris, Amesterdão, Bruxelas e Lisboa, aumentou 22,5%, para 241,3 milhões de euros. Afirmou ainda que o mercado de capitais está mais concentrado, mais regulado e mais tecnológico.

No entanto, foi também um ano em que não existiram ofertas públicas iniciais (IPO) na Bolsa de Lisboa, algo que o presidente admite gostaria que acontecesse em 2018, enquanto outras tendências negativas se mantiveram: a escassez do capital, bem como poupanças em níveis mínimos acompanhadas de pouca diversificação das aplicações pelos particulares.

Para 2018, Rodrigues da Silva diz que “as perspetivas são favoráveis”, mas é necessário “aproveitar bem este ambiente favorável”. Considera que a transição de investimento nos EUA para a Europa irá continuar e acrescentou que, após as primeiras semanas de fevereiro, “a volatilidade está de volta”.

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