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Empréstimo do FMI a Angola é o maior da África Subsariana

A diretora do FMI referiu ser um valor suficiente para apoiar as reformas em curso, com destaque para a consolidação fiscal e estabilidade macroeconómica.
21 Dezembro 2018, 10h27

O montante de 3,7 mil milhões de dólares do Fundo Monetário Internacional (FMI), contraído por Angola, é o maior disponibilizado por este organismo a um país da África Subsaariana, afirmou na quinta-feira a sua directora-geral, Christine Lagarde. A diretora do FMI referiu ser um valor suficiente para apoiar as reformas em curso, com destaque para a consolidação fiscal e estabilidade macroeconómica.

Christine Lagarde, que falava aos jornalistas, no Palácio Presidencial, na conferência de imprensa conjunta com o Presidente João Lourenço, enfatizou que diferente da actuação do passado, em que obrigava a políticas de austeridade, esse financiamento é disponibilizado num contexto diferente, pois trata-se de um programa com atenção ao rendimento dos mais pobres.

A responsável salientou que antes da adopção de qualquer medida que exija duros sacrifícios, como a redução de subsídio aos combustíveis, o Fundo deverá assegurar-se que há um programa de transferência de renda para os mais pobres, com vista a protege-los.

A visita de Christine Lagarde acontece duas semanas depois de o Conselho Executivo do Fundo Monetário Internacional ter aprovado, em Washington, o Programa de Financiamento Ampliado (EFF), no valor de 3,7 mil milhões de dólares, para apoiar as reformasLAGARD económicas em curso em Angola.

A 01 de Agosto deste ano, o Governo pediu ao Fundo o início de discussões de um programa económico financiado ao abrigo do PFA (Extended Fund Facility – EFF, em inglês), tendo solicitado o ajustamento do programa de apoio do FMI, adicionando-se uma componente de financiamento.

O pedido de ajuda financeira surge depois do acordo negociado pelo Executivo angolano em 2008, que culminou, em 2009, com a assinatura do acordo de assistência financeira denominado Acordo Stand-By, no valor de 1,4 mil milhões de dólares, para fazer face aos desequilíbrios da balança de pagamento, resultante da crise económica e financeira do país.

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