[weglot_switcher]

Empréstimos ao consumo renovam máximos de 2008

Os dados revelados pelo Banco de Portugal mostram que os bancos concederam mais empréstimos a sociedades não financeiras e a particulares. O crédito para o consumo atingiu os 1.990 milhões de euros nos primeiros seis meses do ano.
8 Agosto 2017, 13h11

Segundo dados revelados esta terça-feira pelo Banco de Portugal as novas operações de empréstimos para habitação, no primeiro semestre do ano, totalizaram os 3.822 milhões de euros, enquanto os novos empréstimos ao consumo ascenderam a 1.990 milhões de euros, o valor mais elevado desde 2008.

O regulador bancário dá conta que, em comparação com o ano passado, quando se registou um aumento de 2.699 milhões de euros nas novas operações de empréstimos para habitação, ao passo que as novas operações de empréstimos para o consumo subiram para perto dos 1.993 milhões de euros registados em 2008.

Nas novas operações de empréstimos a particulares para habitação, a taxa de juro média foi de 1,69%. Já no crédito ao consumo e no crédito para outros fins, as taxas de juro médias foram de 7,28% (7,36% em maio) e de 3,37% (4,12% em maio), respetivamente.

A descida das taxas de juro dos empréstimos para consumo e outros fins determinou um novo mínimo histórico da taxa de juro de novos empréstimos a particulares (3,42%).

Os bancos portugueses concederam 13.927 milhões de euros em novos empréstimos a sociedades não financeiras no primeiro semestre deste ano, em comparação com os 15.450 milhões em igual período do ano anterior.

Os empréstimos concedidos pelos bancos a sociedades não financeiras encolheram 3,3%, acelerando a variação negativa registada em maio (-2,6%). O mesmo aconteceu com os empréstimos concedidos particulares (habitação) que caíram 2,5%.

O Banco de Portugal justifica esta queda com as “cedências de crédito realizadas no mês em análise”. No conjunto da Zona Euro, os empréstimos a sociedades não financeiras foram de 1,3% e 3,3% no caso dos empréstimos feitos a particulares.

Já em relação aos depósitos, os bancos nacionais contabilizaram 139,2 mil milhões de euros nas contas de particulares, registando-se uma taxa de variação anual de -1,0%, que comparada com -0,6% observados em maio. Na área do euro, a variação dos depósitos de particulares foi de 3,8% em junho, ligeiramente inferior aos 3,9% registados no mês anterior.

A taxa de juro média dos novos depósitos, até um ano, de sociedades não financeiras fixou-se em 0,20%, 6 pontos base abaixo da observada em maio. No caso dos particulares, o valor médio da taxa dos novos depósitos, até um ano, foi de 0,28%, o que representa um acréscimo de 4 pontos base face ao verificado em maio.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.