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Energia Unida. Greenvolt lança comunidade de energia solar

A Greenvolt reforçou a aposta na geração descentralizada com a criação da Energia Unida, empresa 100% focada em soluções de autoconsumo coletivo de energia e comunidades de energia renovável. A operação deverá dar resultados positivos em 2023, disse João Manso Neto.
  • João Manso Neto e José Queirós de Almeida, CEO da Energia Unida
5 Abril 2022, 10h35

A Energia Unida (EU), empresa da Greenvolt – Energias Renováveis, chega ao mercado para os produtores partilharem a energia solar com os consumidores. As comunidades de energia são o caminho para a transição energética defendem os responsáveis da Greenvolt, empresa de energia renovável da Altri.

As comunidades de energia decorrem de uma diretiva europeia e está legislada no nosso país através do Decreto Lei 15/22, e servem para desenvolver o autoconsumo coletivo de energia, já que a produção de energia solar para autoconsumo individual tem “algumas limitações”, segundo José Almeida, CEO da Energia Unida.

Os produtores só precisam de espaço para instalar os painéis solares e a Energia Unida financia a instalação. A Greenvolt cria assim uma plataforma que é o ponto de encontro entre os produtores e os consumidores.

Os consumidores continuam com o fornecedor habitual e passam a receber duas faturas. Mas o CEO da Energia Unida garante que a soma das duas faturas será mais baixa.

A Greenvolt revela que esta é “uma proposta de valor inovadora”. A nova empresa acredita “em energia limpa, mais barata e para todos, por isso aposta no conceito de Comunidades de Energia, promovendo a partilha da energia produzida a partir de painéis fotovoltaicos para que Produtores e Consumidores possam poupar pelo menos 20% no seu custo mensal com a eletricidade”.

“As Comunidades de Energia são a melhor forma para fomentar a produção de energia renovável de forma descentralizada, uma área com enorme potencial de crescimento numa sociedade cada vez mais ciente da importância de se fazer uso das fontes renováveis”, diz João Manso Neto, CEO da Greenvolt que frisa que “é neste espírito que nasce a Energia Unida”.

A Energia Unida liga clientes produtores a clientes consumidores, criando assim comunidades de energia. E fá-lo através do serviço “chave na mão” e sem necessidade de qualquer investimento inicial, os clientes produtores instalam painéis fotovoltaicos nos espaços disponíveis, explica a empresa.

A empresa diz que os “seus clientes produtores já podem produzir e consumir energia solar, partilhando também a energia remanescente com a restante comunidade a um preço mais atrativo, nomeadamente com outras empresas, famílias e/ou entidades, num raio definido de acordo com a legislação (em média até quatro km)”.

Tanto os clientes produtores como os consumidores não precisam de alterar o seu comercializador – basta aderirem à Energia Unida para começarem todos a poupar pelo menos 20% no valor da eletricidade consumida, explica a empresa.

Segundo José Queirós de Almeida, CEO da Energia Unida, “esta solução com impacto ambiental, económico e social traz importantes mais-valias para todos. Ao mesmo tempo que vem contribuir para a redução da pegada carbónica, uma vez que a energia provém de uma fonte renovável, a Energia Unida permite que tanto os clientes produtores como os consumidores consigam aceder a esta proposta de valor inovadora”.

A Energia Unida já acordou a criação de algumas Comunidades de Energia, contando com uma capacidade instalada correspondente a cerca de 3,1 MW, evitando assim a emissão de 1.234 toneladas de gases poluentes para a atmosfera, disse João Manso Neto que acrescentou que “isto é um negócio muito sustentável”.

Manso Neto acredita que esta operação já vai dar resultados positivos em 2023. O CEO da GreenVolt lembra que no plano de negócios da empresa de renováveis estava previsto que este negócio representasse 10% do EBITDA, o que Manso Neto acredita que será atingido em 2025.

“A primeira dessas comunidades de energia foi constituída no edifício onde tanto a Energia Unida com a Greenvolt se encontram instaladas em Lisboa, demonstrando  o compromisso de liderar pelo exemplo”, refere ainda a empresa.

“A Energia Unida assume a ambição de ser líder em Portugal, com alargamento das comunidades de energia a todo país, aumentando o universo potencial de beneficiadores das vantagens associadas à sua proposta de valor da partilha de energia do futuro”, conclui a empresa.

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