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Entram hoje em vigor as comissões polémicas da CGD. Saiba como fugir delas

As comissões irão rondar os 62 milhões de euros anuais e as novas contas-pacote podem chegar aos 112 milhões por ano. É possível fugir aos aumentos das comissões na CGD, garante a Deco Proteste
1 Setembro 2017, 10h18

Entrou hoje em vigor o novo preçário da Caixa Geral de Depósitos (CGD). As comissões vão rondar os 62 milhões de euros anuais e as novas contas-pacote podem chegar aos 112 milhões por ano. Mas o portal de defesa do consumidor, Deco, apresenta soluções para pagar menos ou, em alguns casos, não pagar nada.

De fora dos aumentos da CGD ficam os reformados com mais de 65 anos que recebam uma pensão até 835,50 euros e as contas com um único titular até 25 anos. Os restantes clientes terão de pagar 61,80 euros anuais por disponibilizarem o seu dinheiro ao banco, mesmo que domiciliem o ordenado ou a pensão.

As alternativas propostas pela CGD são as novas contas-pacote S, M e L.

Na conta S, mais económica, o cliente suporta 49,92 euros para ter acesso a um cartão de débito e apenas duas transferências interbancárias online por mês. Caso tenha o ordenado domiciliado ou um património financeiro igual ou superior a cinco mil euros, o custo baixa para 31,20 euros anuais.

No caso da conta L, “oferece” as anuidades de dois cartões de débito e dois de crédito, transferências interbancárias online ilimitadas e seguros de acidentes pessoais e de assistência ao lar. O valor pode chegar aos 112,32 euros por ano, se não domiciliar o ordenado ou pensão ou tiver um património inferior a cinco mil euros.

Por sua vez, a conta M limita as transferências a três operações por mês e não inclui o seguro de assistência ao lar. Tem um custo que varia entre 4,16 euros e 6,24 euros mensais.

No seu site oficial, a Deco Proteste contesta estes aumentos. “Desde o primeiro momento nos manifestámos contra esta injustificável alteração de preçário do banco público e temos denunciado junto das autoridades o sucessivo aumento das comissões em todos os bancos”.

No caso dos clientes que têm uma simples conta bancária na CGD, sem domiciliação de ordenado ou pensão, e um cartão de débito, a solução passa por ter “uma conta isenta de custos de manutenção e sem anuidade do cartão no Banco CTT ou no ActivoBank. Os dois concorrentes permitem poupar, face à Caixa, 80,52 euros”.

Se receber o ordenado ou a pensão na CGD e se tiver cartão de débito e crédito, mas não preenche os critérios de isenção definidos, “a única forma de garantir a isenção das despesas de manutenção é usar cada um dos cartões – de débito e de crédito – pelo menos uma vez a cada três meses. Assim, não pagará os 61,80 euros por ano das novas comissões”.

Já quem tem menos de 65 anos, receber uma pensão de invalidez e não tiver outros produtos associados à conta, a Deco Proteste tem outras soluções, nomeadamente o Banco CTT. “Não paga comissão de manutenção, pode fazer até três levantamentos gratuitos ao balcão por mês e tem direito a um cartão de débito gratuito. A poupança é de 61,80 euros por ano”.

Para quem recebe o ordenado na conta, tem um crédito à habitação e um cartão de débito, se as condições do crédito à habitação são vantajosas face às outras opções do mercado, a Deco Proteste sugere que mudar de banco não é solução. “Uma vez que movimenta a conta com o cartão de débito, a melhor opção será subscrever a conta S da CGD”.

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