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Entre Dublin e Madrid, quem será o próximo número dois no BCE?

O limite para o envio de candidaturas à vice-presidência do Banco Central Europeu terminou esta quarta-feira e foram enviados dois nomes. O lugar atualmente ocupado pelo português Vítor Constâncio será, a partir de maio, do governador do banco central irlandês ou do ministro das Finanças espanhol.
8 Fevereiro 2018, 06h25

“Recebi dois nomes”, anunciou Mário Centeno, presidente do Eurogrupo, esta quarta-feira, último dia que os países da zona euro tinham para apresentarem candidatos à vice-presidência do Banco Central Europeu (BCE). O mandato do atual ocupante do cargo, Vítor Constâncio, termina em maio e lugar irá ficar para um espanhol ou um irlandês.

“A Irlanda propôs o governador do banco central, Philip Lane, e Espanha, o ministro da Economia e Competitividade, Luis de Guindos”, clarificou Centeno.

“Estes são dois candidatos excelentes e saúdo a iniciativa dos dois países por fazer nomeações públicas”, acrescentou sobre a decisão, que será tomada pelos ministros das Finanças da zona euro, no dia 22 de março, depois de terem recebido pareceres do Parlamento Europeu e do próprio BCE.

A Irlanda foi o primeiro país a anunciar um candidato, o economista e, desde outubro de 2015, governador do Banco Central da Irlanda. Caso seja escolhido, será o primeiro lugar no conselho executivo do BCE a ser ocupado por um irlandês, desde que este foi criado, em 1999, o que poderá alterar a dinâmica entre países do norte e do sul da Europa.

No entanto, Lane não é favorito. O atual ministro da Economia de Espanha, Luis de Guindos, andou meses a lançar pistas que poderia ter interesse na posição de vice-presidência do BCE, hipótese confirmada esta quarta-feira pelo governo de Mariano Rajoy. Pelo menos, Portugal e Eslováquia já anunciaram que apoiam o espanhol.

Depois dos oito anos do mandato do português Vítor Constâncio, o processo de escolha do próximo vice-presidente do BCE foi aberto na primeira reunião do Eurogrupo deste ano.

Nos próximos dois anos, a liderança de uma das mais importantes instituições da zona euro vai estar em destaque com a mudança de seis elementos do conselho executivo, incluindo o presidente. A decisão sobre o próximo vice-presidente é especialmente importante porque vai influenciar a sucessão de Mario Draghi, em 2019.

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