[weglot_switcher]

Equipa do equipa do INESC TEC vence grande prémio de inovação da Casa da Moeda

O projeto Identidade Digital Inclusiva Não Autoritativa assegura um dos direitos fundamentais dos cidadãos: o registo de identidade. “É exatamente aquilo que procuramos distinguir e implementar”, afirmou Gonçalo Caseiro, presidente da Imprensa Nacional – Casa da Moeda, na entrega do prémio.
1 Abril 2021, 19h46

O projeto IDINA, sigla de Identidade Digital Inclusiva Não Autoritativa, apresentado por João Marco Silva, do INESC TEC, com a participação de elementos ligados à Universidade do Minho e UNU-EGOV, venceu a 3ª edição do IN3+, atribuído Imprensa Nacional – Casa da Moeda.

No valor de um milhão de euros, IN3+ é um dos maiores prémios de apoio à inovação, investigação e desenvolvimento do país, distinguindo projetos de inovação colaborativa que visem beneficiar os cidadãos, as empresas e a economia.

Segundo o investigador, a ideia por detrás desta plataforma digital não autoritativa (IDINA) “é dar uma ferramenta que, em zonas menos desenvolvidas e sem sistemas centrais de Estado, permite às instituições locais credíveis, como escolas, autoridades, hospitais, entre outras, atestarem o nascimento e a vivência dos cidadãos, dando-lhes uma identificação de facto”.

Com esta plataforma, as populações em desenvolvimento poderão, no futuro, pedir facilmente a sua identificação oficial junto das entidades estatais, assegurando um dos direitos fundamentais: o registo de identidade.

“É exatamente aquilo que procuramos distinguir e implementar”, afirmou Gonçalo Caseiro, presidente do Conselho de Administração da Imprensa Nacional – Casa da Moeda. “Não só pela sua inovação a nível de sistema digital mas, mais do que tudo pela sua componente e aplicabilidade social. A identidade de uma pessoa é muito mais do que um documento com os dados pessoais – é o acesso à escolaridade obrigatória, a um sistema de saúde, à segurança social. Sem identidade um cidadão não existe para o Estado e o que este projeto vem trazer é essa possibilidade de acabar com essa desigualdade. “

Em segundo lugar ficou o projeto AICeBlock – Artificial Intelligence Certification through the Blockchain, que propõe o desenvolvimento de uma plataforma, sustentada em ‘blockchain’, para fomentar a confiança em aplicações de base em Inteligência Artificial através da sua certificação. “Com esta solução será possível interpretar, rastear e auditar as previsões dos modelos “inteligentes” usados em áreas como a condução autónoma ou diagnóstico por computador”, explicam os promotores.

HIGHLIGHT alcançou o terceiro lugar desta edição do IN3+. Tendo a nanotecnologia por base, o objetivo “é desenvolver uma tinta que permite manipular a luz, dando a possibilidade única de variação ótica visível ou invisível ao olho humano”. De acordo com os criadores, este produto poderá ser muito útil ao mercado de anticontrafação, por exemplo, para aplicar em todo o tipo de documentos e selos de segurança.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.