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Erdogan diz que sanções dos EUA “desrespeitariam a Turquia”

“Depois da transferência de poder dos EUA, sem dúvida veremos a tendência com muito mais clareza”, disse Erdogan sobre presidência de Biden. “Portanto, devemos ser pacientes e ver”, acrescentou.
11 Dezembro 2020, 13h09

O presidente Tayyip Erdogan apontou esta sexta-feira que as sanções dos EUA relativas à compra de mísseis russos S-400 pela Turquia seriam desrespeitosas para um aliado da NATO, depois de ter sido noticiado que Washington está prestes a dar um passo que provavelmente piorará as relações bilaterais, segundo a “Reuters”.

“Para a América levantar-se e confrontar a Turquia é desrespeitoso para com um parceiro muito importante da NATO”, referiu Tayyip Erdogan à agência estatal Anadolu citada pela “Reuters”.

“Depois da transferência de poder dos EUA, sem dúvida veremos a tendência com muito mais clareza”, disse Erdogan sobre presidência de Biden. “Portanto, devemos ser pacientes e ver”, acrescentou. Erdogan foi mencionado pelos media turcos afirmando não ter tido problemas durante os quatro anos de Trump no cargo e que Biden também o conhece bem. A 9 de dezembro, a câmara baixa do Congresso norte-americano aprovou com 335 votos a favor e 78 contra um projeto de lei para a imposição de sanções à Turquia.

Ancara, a capital da Turquia, adquiriu os misseis em meados de 2019 e afirma que não representam uma ameaça aos aliados. Por sua vez, Washington garante que os S-400 são uma ameaça e recordou que no ano passado retirou a Turquia de um programa de jatos F-35.

A lira turca já começou a sentir os efeitos do anuncio das sanções, sendo que caiu quase 2%. A moeda da Turquia atingiu uma série de mínimos recordes e está entre os piores desempenhos nos mercados emergentes este ano, enfraqueceu a mais de 8 liras por dólar pela primeira vez em duas semanas.

Em Bruxelas, os líderes da União Europeia não se manifestaram sobre o assunto, mas já concordaram com uma declaração que abre caminho para punir acusados ​​de planear ou participar do que o bloco afirma ser uma perfuração não autorizada no Chipre, no Mediterrâneo oriental. Em novembro, o presidente da Turquia pediu a criação de dois Estados no Chipre,

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