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Escalada de tensões na Europa e Médio Oriente fazem disparar preço do petróleo para máximos de 2014

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse na terça-feira que estava a considerar aplicar sanções a Moscovo caso avance com a invasão à Ucrânia. No Médio Oriente, o grupo Houthi do Iémen lançou um ataque com mísseis contra uma base dos Emirados Árabes Unidos, o que parece também ter influenciado o “ouro negro”.
26 Janeiro 2022, 15h21

O preço do petróleo atingiu o valor mais alto dos últimos sete anos, perto dos 90 dólares (79,6 euros) por barril esta quarta-feira, influenciado pelas tensões geopolíticas na Europa e no Médio Oriente, concretamente nos conflitos entre a Rússia e Ucrânia e os Emirados Árabes Unidos e o Iémen, que começam a levantar preocupações sobre mais interrupções na cadeia de abastecimento, avança a “Reuters”, esta quarta-feira.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse na terça-feira que estava a considerar aplicar sanções a Moscovo caso avance com a invasão à Ucrânia. No Médio Oriente, o grupo Houthi do Iémen lançou um ataque com mísseis contra uma base dos Emirados Árabes Unidos, o que parece também ter influenciado o “ouro negro”.

“A ansiedade sobre possíveis interrupções no fornecimento do Oriente Médio e da Rússia está a enfraquecer a abordagem otimista do mercado de petróleo”, cita a agência as declarações de Stephen Brennock, da corretora de petróleo PVM.

Em relação ao preço do barril de petróleo, em Nova Iorque, o WTI aumenta 1,83% para os 87,17 dólares por barril, enquanto o Brent valoriza 1,85% para os 88,79 dólares em Londres.

“A desvantagem do mercado é limitada devido ao aumento das tensões entre a Rússia e a Ucrânia e a ameaça à infraestrutura nos Emirados Árabes Unidos”, afirmou Hiroyuki Kikukawa, gestor de investigação da Nissan Securities.

Sublinhando um equilíbrio de oferta e procura apertado, o relatório semanal de stocks dos EUA, elaborado pelo American Petroleum Institute, revela que os stocks de petróleo caíram para 872 mil barris, disseram fontes do mercado citadas pela “Reuters”.

Noutro desenvolvimento importante, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados, conhecidos como OPEP+, vai reunir a 2 de fevereiro, onde deverá considerar outro aumento de produção.

A Opep+ tem vindo a diminuir gradualmente os cortes recordes de produção desde 2020, aumentando a sua meta mensal em 400 mil barris por dia, embora o aumento real da oferta tenha ficado aquém disso, pois alguns países lutam para aumentar a produção.

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