A Volkswagen cortou esta quinta-feira a sua previsão de entregas, reduziu as expectativas de vendas e alertou sobre possíveis despedimentos de empregos, devido à escassez de chips semicondutores que continua a afetar fortemente a indústria automóvel, de acordo com o mais recente relatório e contas da empresa.
A maior construtora da Europa reportou lucro operacional inferior ao esperado para o terceiro trimestre e os ganhos mostraram a pressão que a Volkswagen enfrenta enquanto tenta fazer a transição para a produção de veículos elétricos. A acrescentar a tudo isto surgem notícias de que a Tesla se prepara para mudar a sua sede em território europeu para a nova fábrica perto de Berlim, em Gruenheide, tal como destaca a “Reuters”.
Ao mesmo tempo, a falta de chips semicondutores atormentou a indústria automóvel durante a maior parte do ano e influenciou os resultados trimestrais dos principais rivais da Volkswagen – Stellantis e General Motors.
Como resultado da escassez, a Volkswagen, que traçou um plano ambicioso para se tornar líder mundial em vendas de veículos elétricos (VE), espera agora que as entregas em 2021 estejam apenas em linha com o ano anterior, tendo anteriormente previsto um aumento.
“Esses resultados sublinham mais uma vez a necessidade de mais melhorias de produtividade e reduções de custos fixos no grupo de volume para permanecermos competitivos”, disse o presidente-executivo Herbert Diess.
As receitas da maior construtora da Europa devem agora ser consideravelmente menores em 2021. A Volkswagen esperava anteriormente um aumento significativo em relação aos 223 mil milhões de euros alcançados no ano passado, o que indicava um crescimento mais forte.
A Volkswagen assume um crescimento nas vendas de até 10% em vez de até 15% como havia dito anteriormente, segundo o seu diretor financeiro Arno Antlitz, citado pela agência noticiosa.
A construtora alemã pretende ultrapassar a Tesla como o maior vendedor de VEs do mundo até o meio da década, confirmou que a sua meta de margem de lucro operacional é de 6% a 7,5% para 2021.
Herbert Diess disse estar confiante de que a Volkswagen poderia acompanhar a Tesla, mas acrescentou que isso exigiria mais cortes nos custos, incluindo reduções de pessoal na sua sede em Wolfsburg, na Alemanha. “Com toda a certeza vamos precisar de alguma redução do quadro de funcionários para sermos tão competitivos”, afirmou o CEO da Volkswagen.
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