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Escassez de trabalhadores no turismo? AHRESP apresenta nove medidas para resolver o problema

Desde a criação de estratégias criativas para atrair e reter profissionais à elaboração de um ‘Livro Verde do Mercado do Trabalho HORECA’, conheça as medidas apresentadas pela Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal.
12 Agosto 2022, 15h00

No começo do mês a Secretária de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, Rita Marques, estimou que Portugal precise de 45 mil a 50 mil trabalhadores no sector do turismo. A Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) reconhece a escassez de trabalhadores e como tal apresenta nove medidas para ajudar com o problema.

“As empresas do Alojamento Turístico e da Restauração e Bebidas devem procurar empreender estratégias criativas para atrair e reter profissionais, que devem ir além da retribuição e que podem passar por sistemas de avaliação, práticas de reconhecimento, garantias de progressão na carreira e a uma melhor conciliação entre vida profissional e vida familiar”, aponta a AHRESP como primeira medida, em comunicado.

Além disso, a associação sugere que “o valor da retribuição tenha sempre em consideração os ganhos de produtividade, fruto do desempenho individual do trabalhador, mas também do desempenho coletivo ao nível de toda a estrutura empregadora”.

Outra medida, remete para “criação de um ambiente mais favorável ao funcionamento das empresas, nomeadamente por via da redução de encargos fiscais, nomeadamente aqueles diretamente relacionados com o trabalho”.

Relativamente ao tempo de trabalho a AHRESP propõe “uma melhor e mais adequada gestão”, indicado que este “é um fator que gera maior produtividade, o que aumenta a disponibilidade financeira para que as empresas possam proporcionar melhores condições de trabalho”.

Quanto à valorização das profissões, a associação diz que “devem promover-se iniciativas e mecanismos” neste sentido. Aqui “pode contribuir uma redenominação das categorias profissionais e uma adequação dos seus conteúdos funcionais, por forma a adequá-los à realidade atual e às exigências das nossas atividades”.

No campo da formação, a AHRESP fala do “desenvolvimento e implementação de um programa de curta duração, para as categorias profissionais mais carentes de mão-de-obra qualificada e que, desta forma, facilitem o acesso à profissão”. “Estas formações devem ser divulgadas e promovidas junto de desempregados e de ativos de outras áreas de atividade que desejem iniciar uma carreira nas empresas de Alojamento Turístico e de Restauração e Bebidas”.

Ainda na área da formação, representante de Restauração e Hotelaria afirma ser “urgente uma aposta séria e estruturada na qualificação dos trabalhadores do turismo, promovendo-se um sistema de ensino dual, complementando a aprendizagem com a experiência prática”.

No comunicado a AHRESP pede também que a imigração seja “encarada como fazendo parte da solução, desde que de forma organizada e com garantia de condições dignas, de trabalho e de vida”. “Para isso, o poder público deverá ainda rever os atuais mecanismos de legalização para trabalhadores por conta de outrem e de reconhecimento de habilitações, que devem ser agilizados”, sublinha.

Por fim, a associação sugere ainda a “elaboração de um ‘Livro Verde do Mercado do Trabalho HORECA’, para, de forma clara e precisa, se identificar as atuais carências do Mercado, quer em termos de quantidade de recursos humanos, quer em termos da sua qualificação”.

 

 

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