Escolas do Porto param hoje na última etapa da greve por distritos

Ao 18.º dia, a greve nacional por distritos, convocada por oito organizações sindicais, chega ao Porto, onde se espera um índice de adesão quase total. Para o próximo sábado está marcada uma grande manifestação em Lisboa.

Manuel de Almeida / Lusa

Os professores do distrito do Porto cumprem esta quarta-feira, 8 de fevereiro, o último dia da greve com incidência distrital que teve início no dia 16 de janeiro, no distrito de Lisboa. Os sindicatos acreditam numa “adesão muito grande” à paralisação, em linha com o que se verificou noutros distritos.

O protesto começa às 8h00, com um cordão humano ligando a Escola Secundária de Gondomar e do Agrupamento de Escolas Júlio Dinis. À mesma hora, os docentes do Agrupamento de Escolas de Canelas, de Vila Nova de Gaia juntam-se à porta da escola-sede.

Milhares de educadores e professores de todo o distrito convergem depois para a Avenida dos Aliados, no Porto, onde pelas 11h00 tem lugar uma concentração pelas 11 horas com animação musical e saudações aos educadores e professores em greve por representantes das oito organizações sindicais convergentes – entre os quais, o secretário-geral da FENPROF, Mário Nogueira, que encerra este ciclo de greves distritais.

A greve, que abrange os 18 distritos continentais, é convocada por oito organizações sindicais de docentes  – ASPL, FENPROF, PRÓ-ORDEM, SEPLEU, SINAPE, SINDEP, SIPE e SPLIU – que têm convergido num programa de luta que, por agora, terminará com uma grande manifestação nacional em defesa da profissão, no próximo sábado, em Lisboa.

As razões da luta são muitas. Os sindicatos consideram insuficiente as propostas do novo modelo de recrutamento e colocação de professores que está a ser negociado com o ministro da Educação, João Costa, e exigem a recuperação dos mais de seis anos de contagem de tempo de trabalho que esteve congelado durante a Troika. Na lista das reivindicações figuram igualmente o fim das quotas e vagas de acesso ao 5.º e 7.º escalões, aumentos salariais e melhores condições de trabalho para o pessoal não docente.

Para 11 de fevereiro está marcada uma nova manifestação, desta vez organizada pela plataforma de nove organizações sindicais, da qual fazem parte as duas maiores estruturas representativas de professores e pessoal não docente: a Federação Nacional de Professores (FENPROF) e a Federação Nacional de Educação (FNE).

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