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Espólio documental de Helena Almeida doado à Gulbenkian

O espólio documental de Helena Almeida, desaparecida em 2018, que inclui 8.900 registos fotográficos esclarecedores do processo de trabalho de uma das mais relevantes artistas nacionais, foi doado, pela família, à Fundação Calouste Gulbenkian
13 Janeiro 2022, 19h21

O espólio de Helena Almeida a ser integrado no acervo da Biblioteca de Arte da Gulbenkian resulta de uma doação concretizada por vontade da família da artista, “autora de um dos percursos artísticos mais relevantes da segunda metade do século XX, em Portugal”, indicou um comunicado da fundação.

Constituído por um conjunto diversificado de documentação, o espólio inclui correspondência com várias entidades, instituições e galeristas, processos de venda de obras de arte e ainda processos relativos a exposições, alguns com as plantas das salas e imagens que documentam a instalação das obras.

Dos cerca de 8.900 registos fotográficos que compõem este acervo, mais de 6 mil reproduzem obras de arte, “permitindo uma melhor clarificação do processo de trabalho realizado entre 1967 e 2018 pela artista”, que foi bolseira da Fundação Gulbenkian em Paris, em 1964, e possui uma ampla representação na coleção do Centro de Arte Moderna (CAM).

Reconhecimento internacional 

Helena Almeida iniciou a sua carreira no final da década de 1960 e é uma figura incontornável no panorama artístico português contemporâneo. Autora de uma obra multifacetada  e alinhada com as práticas artísticas mais avançadas da época, viria a centrar-se num território onde o seu próprio corpo foi protagonista.

Uma grande retrospetiva da sua obra, intitulada “A minha obra é o meu corpo, o meu corpo é a minha obra”, foi exposta no Museu de Serralves, Porto (2015), em Paris (2016) e em Bruxelas.

Em 2018, esteve em destaque na Tate Modern, em Londres, num espaço focado na relação entre o indivíduo e a obra da arte.

Morreu a 25 de setembro de 2018.

 

 

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