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Está a recuperar de uma cesariana? Esta mulher fez cinco e dá-lhe dicas

Acupunctura, massagens e caldos de ossos são algumas das sugestões da australiana Aimee Winchester.
11 Setembro 2019, 11h11

A chegada de um bebé é um momento inesquecível na dinâmica de qualquer família mas também pode ser um dos mais desafiantes. O momento do parto é, em especial, um dos pontos que provoca maior ansiedade na mulher durante a gestação. Na verdade, muitas idealizam um parto vaginal, simples e sem complicações mas nem sempre corre como esperado. E, apesar da maioria dos médicos preferir um parto natural, por ser menos invasivo para a mulher e por garantir uma recuperação mais rápida, há diversas situações clínicas que levam à escolha de uma cesariana.

A australiana Aimee Winchester é mãe de cinco raparigas, todas nascidas por cesariana. A primeira filha, Côco, nasceu quando Aimee tinha apenas 21 anos e nada faria prever a necessidade deste tipo de parto. A gravidez correu lindamente mas o parto acabou por ser induzido quando completou as 41 semanas de gestação. Já no hospital, e passado algumas horas, a dilatação não progrediu e a equipa médica decidiu avançar para uma cesariana.

Três anos depois, durante a sua segunda gravidez, a australiana ainda teve esperança em ter um parto vaginal. Às 40 semanas, a australiana começou a ter contracções espontaneamente mas, já no hospital, deparou-se com o mesmo cenário: a dilatação não evoluía e era preciso fazer nascer Autumn. Seguiu-se Juniper, a sua terceira filha, hoje com seis anos, também nascida por cesariana às 39 semanas de gestação. E foi nessa altura que a australiana descobriu que tinha um Anel de Bandl, uma espécie de músculo que dificulta a contracção uterina e, consequentemente, a progressão do parto natural. Depois de Juniper, aquela que achavam ser a última filha, a família Winchester deu as boas-vindas a mais dois membros – Clementine, de três anos, e Daisy, de três meses.

 

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Na verdade, não há um número-limite de cesarianas que uma mulher pode fazer. No seu caso, Aimee “teve luz verde para todas” e, inclusive, “para uma próxima”, segundo partilhou com os seguidores na sua conta de Instagram. Mas a australiana garante que não está nos planos outra gravidez – “Acho que já testei os limites do meu corpo vezes suficientes”, e assegura que a família está completa.

Apesar do desgaste físico e psicológico que uma cesariana causa na mulher, Aimee garante que “a última foi a mais fácil de todas. O meu médico disse que foi como se tivesse sido a minha segunda cesariana”, conta. E, para ela, isso deveu-se aos cuidados que tem no pós-parto.

Foco-me em ter uma alimentação bastante cuidada.”

A australiana é fã dos famosos ‘bone broth’, um caldo de ossos e cartilagens ultraproteíco e nutritivo que ajuda na cicatrização do corpo. Consome apenas uma taça por dia durante os primeiros 40 dias pós-parto, o chamado ‘quarto trimestre’, e vai alternando a receita com ossos de vaca e de galinha. Além disso, tenta manter-se deitada durante a primeira semana, faz apenas “caminhadas leves pela casa para evitar o aparecimento de coágulos sanguíneos” e durante as primeiras seis semanas não exige demasiado de si nem faz esforços desnecessários.

Nesta última gravidez, visitou um ervanário que lhe aconselhou um suplemento combinado à base de sementes de uva, centella asiática e ginkgo biloba que ajuda à recuperação dos tecidos. A este, acrescentou outros suplementos como “a vitamina C e a arnica”.

 

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Ainda que os probióticos façam parte da sua rotina diária, Aimee reforça a dose habitual durante o período do pós-parto. Estes microorganismos, além de serem essenciais para sua a saúde intestinal, um dos órgãos que mais se ressente durante o procedimento cirúrgico, passam para o bebé através da amamentação, ajudando-o a ultrapassar as cólicas e promovendo a sua maturação intestinal.

A recuperação da sensibilidade na zona da cicatriz é outra das preocupações mais comuns das puerpérias. Nesse aspeto, Aimee garante que “acupunctura e tratamento com luz infravermelha” são ótimos aliados para “estimular, ativar e recuperar” a lesão nervosa causada pela cirurgia. “As massagens no tecido cicatricial são super importantes” por ajudarem a quebrar a aderência entre a cicatriz e os músculos e fibras envolventes.

A australiana recuperou a sensibilidade total na zona da incisão pouco tempo depois de dar à luz as filhas e acredita que estes cuidados foram essenciais na sua recuperação.

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