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Estação do Oriente faz hoje 20 anos

Hoje, circulam diariamente na estação mais de 150 mil pessoas, 200 comboios, 160 composições do metropolitano, várias centenas de autocarros, entre urbanos, suburbanos, nacionais e internacionais, 600 táxis e acima de 2.200 viaturas particulares.
19 Maio 2018, 08h45

A Estação do Oriente está de parabéns e celebra hoje, dia 19 de maio, 20 anos de vida.

Sendo um projeto de uma estação intermodal, a Estação do Oriente é fundamental a facilidade de acessos entre os meios de transporte (comboio, metropolitano, rodoviário, táxis e transportes particulares).

“Hoje, circulam diariamente na Estação mais de 150 mil pessoas, 200 comboios, 160 composições do metropolitano, várias centenas de autocarros, entre urbanos, suburbanos, nacionais e internacionais, 600 táxis e acima de 2.200 viaturas particulares. Todo este movimento faz-se sem que as pessoas tenham de formar filas ou se atropelem nos corredores”, revela um comunicado da IP – Infraestruturas de Portugal.

A conceção da Estação do Oriente foi condicionada pela existência da linha do norte que limitou a cota da plataforma ferroviária e que lhe dá a caraterística de ser a única estação ferroviária, no mundo, em que o piso do átrio e das bilheteiras se situa abaixo do piso dos cais.

“A cota inferior da estação do Oriente foi estabelecida pela construção dos túneis do metropolitano. Entre os cais da ferrovia (piso superior da estação) e do metropolitano (piso inferior da estação), existem cinco pisos que são ocupados pelos átrios e bilheteiras da ferrovia e do metropolitano, pelo terminal rodoviário, pelo estacionamento e pela galeria comercial”, adianta o referido comunicado.

Para auxiliar os passageiros nas deslocações entre os diversos pisos a Estação do Oriente está equipada com 34 escadas rolantes e 21 ascensores.

“Outra característica que torna esta estação singular é o facto de esta não possuir portas, sendo o acesso ao seu interior (espaços comuns) livre a qualquer hora do dia, sendo o seu funcionamento garantido 24 horas por dia”, destaca a IP.

O mesmo documento acrescenta que  arquitecto Santiago Calatrava “quis demarcar esta opção quando escolheu utilizar a calçada portuguesa para revestimento do piso zero (R/C) dando continuidade às calçadas dos passeios adjacentes prolongando assim os passeios para o interior da estação”.

“A construção e entrada em funcionamento da Estação do Oriente teve um impacto significativo nas deslocações e na redução do tempo de viagem, de quem vive ou trabalha em Lisboa. Este impacto foi visível na redução do fluxo de passageiros de outras Estações, como por exemplo na Estação de Santa Apolónia, que ocorreu na sequência da abertura da Estação do Oriente, já que a conjugação, num só local, dos meios de transporte ferroviário, metropolitano, rodoviário, e também durante alguns anos a ligação ao transporte fluvial, que se realizava a partir da doca da Expo, torna mais expedita as deslocação de e para Lisboa”, sublinha a IP.

Segundo a empresa responsável pela sua gestão, “a Estação do Oriente é hoje a principal estação do país em passageiros”.

Segundo o arquitecto Santiago Calatrava, “queria neste projeto refletir sobre a ideia de como crescem as árvores”.

“Fazendo um paralelo com a natureza podemos no piso das plataformas observar a cobertura, cuja estrutura metálica, lembra um conjunto de árvores dando ao passageiro que circula no cais, pela transparência da cobertura, a sensação de um passeio numa floresta em que o sol entra por entre a folhagem”, observa a IP.

Nos pisos inferiores a estrutura em betão, com as suas formas orgânicas, “poderá lembrar o desenvolvimento das raízes das árvores que mergulham no solo”.

“Além da inspiração no reino vegetal em muitas partes da estrutura da estação encontram-se semelhanças com o corpo humano, semelhanças que o arquitecto mostra nos seus esquissos da obra”, adianta a IP.

O arquitecto Santiago Calatrava “dá preferência, nas suas obras, à utilização do aço, pela leveza e plasticidade que este material transmite”.

“Na Estação do Oriente são predominantes a cor cinzenta do betão, a cor branca da estrutura metálica e o transparente do vidro”, conclui o referido comunicado.

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