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Estado da Nação. Costa admite: “Vivemos tempos exigentes de governação”

“Tempo em que temos de cuidar das emergências do dia-a-dia dos portugueses, sem nunca perder o foco nas estratégia para o futuro de Portugal”, disse o chefe de Governo na abertura do debate sobre o Estado da Nação.
20 Julho 2022, 15h18

O primeiro-ministro, António Costa, abriu o debate do Estado da Nação no Parlamento, admitindo que “vivemos tempos exigentes de governação em que temos de cuidar das emergências do dia-a-dia dos portugueses, sem nunca perder o foco nas estratégia para o futuro de Portugal”, disse o chefe de Governo.

“Do estado de pandemia, passamos ao estado de guerra e Portugal reagiu de imediato com a condenação firme da invasão russa e no apoio à Ucrânia. Apoio militar, o envio de 181 toneladas de equipamento e 14 blindados. Apoio financeiro de 250 milhões de euros acordados bilateralmente”, recordou Costa.

O primeiro-ministro apontou que “os efeitos da guerra não se contém nas fronteiras com a Ucrânia, têm um efeito global e têm por isso também um efeito em Portugal”. Esse efeito tem-se traduzido “num brutal aumento da inflação, impulsionado pelo custo das importações, em particular da energia”, sublinhou Costa

“Temos respondido a esta realidade por três vias essenciais: em primeiro lugar contendo o aumento do preço da energia na medida do possível, em segundo lugar apoiando a produção das empresas mais expostas no consumo de energia e em terceiro lugar auxiliando as famílias mais carenciadas”, frisou Costa.

Apesar das alternativas arranjadas pelo Governo, para Costa “hoje é claro que com o prolongar da guerra o efeito da inflação será mais duradouro do que era inicialmente previsto”. Como tal, no final deste trimestre, em setembro, o executivo vai “adotar um novo pacote de medidas para apoiar o rendimento das famílias e a atividade das empresas”.

Na saúde, o chefe de Governo destacou que o Serviço Nacional de Saúde “assegurou 7,700 partos” nas últimas semanas que têm sido críticas nos hospitais. Costa também informou que só “0,3% das utentes tiveram de ser transferidas”.

Além do caos na saúde, nestas últimas semanas o país tem estado sujeito a diversos incêndios. Nesta matéria, o primeiro-ministro sublinhou que “vivemos a semana mais dramática com registo de perigo s meteorológicos nunca antes registados”. Segundo o governante o “sistema de proteção civil foi posto à prova” e “90% das ocorrências foram extinta na primeira intervenção”, refletindo assim uma melhoria na capacitação, no comando e controlo e nos meios dos bombeiros.

Sobre o emprego, António Costa salientou que “junho registou melhor resultado dos últimos 20 anos”.

Durante o seu discurso o primeiro-ministro referiu ainda que o “investimento das empresas está em máximos históricos” e considerou que “estamos no bom caminho para cumprir de novo a meta do défice e da divida com o objetivo de retirar Portugal da lista dos países mais endividados”.

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