Miguel Morgado não poupa críticas às políticas do Estado português relacionadas com a falta de habitação no mercado.
O ex-deputado do Partido Social Democrata (PSD) participou com Mariana Mortágua no debate sobre o acesso à habitação em Portugal, numa conferência promovida pela mediadora imobiliária Century21 Portugal, que decorre esta quinta-feira, 9 de fevereiro, no auditório do Casino de Lisboa.
“Há um problema muito grave de investimento público em Portugal. O Estado deixou de se dedicar à construção de novas casas”, começou por referir Miguel Morgado, considerando que este problema é transversal no mercado português, mas também a nível europeu.
“Entre 2000 e 2019 o número de novos fogos construídos para habitação residencial por ano era de 110 mil. Em 2016, 2017 e 2018 construímos 3.500 novos fogos em Portugal. Isto é absolutamente insustentável”, afirmou o também comentador político da “SIC Notícias”.
Para Miguel Morgado, o Estado tomou uma decisão política no início de 2000 de não construir casas novas, não só para habitação, mas também direcionada para os estudantes.
“O nosso parque habitacional público é absolutamente residual no resto do país. Em 2018 o Governo prometeu que ia construir mais 12 mil camas para residências de estudantes em Lisboa. Em 2022 não estava construída nenhuma”, sublinhou.