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Estado português dividido na mobilidade: uns compram carros a gasóleo, outros apostam no elétrico

Apesar do ministro do Ambiente defender que o futuro é cada vez mais elétrico, o Turismo de Portugal anunciou que vai adquirir 46 carros movidos a gasóleo.
21 Fevereiro 2019, 13h03

O Turismo de Portugal considera que os veículos movidos a gasóleo são “a opção mais racional” e por isso vai adquirir 46 novos carros com motores a diesel. As razões por trás desta decisão são o custo/benefício destes veículos e a rede de abastecimento elétrica existente em Portugal ainda ser insuficiente.

De acordo com o jornal “i”, o investimento para a aquisição dos modelos será de 672.688 euros, mais IVA, mas este investimento está dependente do visto prévio que tem de ser emitido pelo Tribunal de Contas. Atualmente, os funcionários do Turismo de Portugal estão a utilizar carros alugados.

Esta decisão acontece depois dos avisos do ministro do Ambiente sobre os veículos a gasóleo e a da necessidade de renovação da frota do Estado, que vai recorrer a veículos menos poluentes (100% elétricos).

João Pedro Matos Fernandes afirmou em janeiro que os carros a diesel não terão valor de troca daqui a quatro ou cinco anos, e que a frota de automóvel do Estado se tinha de renovar, sendo que iam ser cada vez mais introduzidos os veículos movidos a eletricidade. As declarações do ministro geraram uma grande polémica, merecendo a crítica da Associação Automóvel de Portugal (ACAP).

Apesar das declarações do ministro do Ambiente, aparentemente continuam a existir dentro do Estado português visões diferentes em relação ao futuro da mobilidade, conforme comprovam as compras do Turismo de Portugal e a continuação da aposta no gasóleo.

Já o Turismo de Portugal adiantou que pretende eletrificar a sua frota automóvel no espaço de quatro anos. “Temos como compromisso ter toda a frota elétrica até 2023, na sequência da Estratégia Turismo 2027, e pretendemos proceder à substituição das viaturas a diesel do presente contrato por viaturas elétricas assim que seja contratualmente possível”, disse a entidade responsável pelo turismo ao “i”.

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