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Estados Unidos pressionam empresas com muitos trabalhadores estrangeiros

O Departamento de Justiça e o Serviço de Cidadania e Imigração dos Estados Unidos que vão controlar mais as empresas com elevada proporção de trabalhadores imigrantes para evitar fraude com vistos.
4 Abril 2017, 08h11

O Departamento de Justiça e o Serviço de Cidadania e Imigração dos Estados Unidos (USCIS) anunciaram esta segunda-feira que vão apertar o controlo sobre as empresas com elevada proporção de trabalhadores estrangeiros para evitar fraudes com vistos.

Em comunicado, o Serviço de Cidadania e Imigração dos Estados Unidos (USCIS) informou que vai adotar “um enfoque mais específico” no controlo aos requerentes do visto H-1B e aos que trabalhem numa empresa diferente da registada para a autorização ou quando não se possa confirmar a informação comercial básica do empregador através dos dados disponíveis.

O Governo fez este anúncio no dia em que começou a aceitar pedidos para o visto H-1B para o ano fiscal de 2018. O Executivo norte-americano anulou, por um período de até seis meses, o processo expresso para aceder ao visto H-1B, que permitia aos possíveis beneficiários obter a autorização de trabalho em 15 dias úteis mediante o pagamento adicional de 1.225 dólares.

Este programa de vistos permite que empresas dos Estados Unidos contratem temporariamente trabalhadores estrangeiros para postos altamente qualificados e relacionados com ciências, engenharia e tecnologia, razão pela qual este visto é um dos mais frequentes nas empresas tecnológicas de Silicon Valley. O limite numérico, estabelecido pelo Congresso, é de 65 mil vistos H-1B por ano fiscal, ainda que exista um número extra de 20 mil que estão disponíveis para quem tenha terminado um mestrado ou licenciatura nos Estados Unidos.

“Demasiados trabalhadores norte-americanos tão qualificados ou disponíveis (como os estrangeiros), que merecem trabalhar nesses campos, foram ignorados ou injustamente prejudicados”, disse o USCIS. A instituição comunicou que vai continuar as visitas aleatórias e não anunciadas em todo o país, que começaram em 2009 para identificar os empregadores que “abusam do sistema”. “Os empregadores que abusam do programa de vistos”, criticam.

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