Numa entrevista esta segunda-feira, o primeiro-ministro admitiu estar a analisar e disse que “é provável” que venha a haver apoios para ajudar as famílias que têm créditos à habitação, face à escalada dos juros, mas disse ser necessário aguardar para ver se “as partes encontram boas soluções”, que podem passar por moratórias, renegociação de créditos, reescalonamento e diferimento de pagamentos ou até voltar a permitir a dedução juros do crédito em sede de IRS.
“Estamos a trabalhar com a Associação Portuguesa de Bancos para ver como é que a situação vai evoluir”, recusando-se a antecipar mais detalhes. “Não vale a pena fechar ou antecipar medidas, não vale a pena dar incentivos errados”, afirmou António Costa.
“Uma grande contribuição que o Estado pode dar para que não haja uma grande subida da taxa de juro é conseguir manter a trajetória de redução da nossa própria dívida, que foi revalorizada por duas agências de rating”, frisou ainda.
Já o ministro das Finanças tinha dito que, perante a subida das taxas de juros e o consequente impacto nos orçamentos das famílias com o aumento dos créditos à habitação, o Governo iria estudar medidas para ajudar os portugueses, mas não se comprometeu com os juros a abaterem o IRS.
“Já sublinhei a importância da redução da dívida pública e termos as contas certas”, disse Fernando Medina. O ministro referiu ainda o tempo das moratórias no período da pandemia, destacando que foi um acordo europeu e que não “envolveu a força orçamental.”
Na semana passada, o primeiro-ministro apresentou um pacote de oito medidas, avaliado em 2,4 mil milhões de euros, dirigido às famílias, por forma a atenuar o impacto da escala dos preços.
O chefe do Governo anunciou ainda que, depois de o executivo ter aprovado “um pacote muito forte de apoio às famílias”, irá anunciar na próxima quinta-feira medidas para as empresas, que não quis antecipar.
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