“Este é o desafio sobre o qual os líderes desta geração serão julgados.” O desafio são as alterações climáticas, o autor da declaração é António Guterres, um dos líderes a discursar na cerimónia de abertura da Cimeira do Clima, a COP24, em Katowice, Polónia.
“Estamos em grandes apuros”, disse, dirigindo-se aos vários chefes de Estado e representantes de governos de todo o mundo sentados na plateia. “Para muitas populações, [as alterações climáticas] já são uma questão de vida ou de morte”, sublinhou o antigo primeiro-ministro português na Cimeira do Clima.
.@UN Chief @antonioguterres at #COP24 in Katowice: "We are in deep trouble with #ClimateChange This meeting is the most important gathering on #ClimateChange since the #ParisAgreement was signed. It is hard to overstate the urgency of our situation." #Talanoa4Ambition pic.twitter.com/kZvDdIKRQW
— UN Climate Change (@UNFCCC) December 3, 2018
Os chefes de Estado de cerca de 200 países juntam-se a partir desta segunda-feira, 3 de dezembro, em Katowice, na Polónia, para discutir os resultados do Acordo de Paris (assinado em 2015) e alertar para a falta de ação de algumas nações. A 24ª Conferência da Convenção-Quadro das Nações Unidas para as Alterações Climáticas decorre até dia 14 de dezembro.
O secretário de estado português da ONU, diz ser “difícil exagerar a urgência” de atuar no imediato, os governos ainda não estão a fazer o suficiente para combater aquele que disse ser “o problema mais importante com que nos deparamos” neste momento.
“Mesmo testemunhando impactos climáticos devastadores que causam estragos em todo o mundo, ainda não estamos a fazer o suficiente, ainda não avançámos o suficiente para prevenir uma disrupção irreversível e catastrófica do clima”, disse o secretário-geral da ONU frente a representantes de quase 200 países reunidos na 24.ª Cimeira da ONU para o Clima (COP24).
Simplificando, Guterres sublinha a importância e a urgência de uma ”transformação completa na economia global energética, assim como na forma como gerimos os recursos territoriais e florestais”.
O secretário-geral da ONU criticou ainda os países, principalmente os principais emissores de gases de estufa, de estarem a fazer muito pouco, e muito devagar, para evitar as alterações climáticas. Acrescentou ainda que todas as nações têm cortar as suas emissões em 45% (em 2030 quando comparado com os valores de 2010) e a chegar às emissões zero em 2050, a única hipótese de manter o aumento das temperaturas abaixo de 1,5 ºC, segundo o mais recente relatório de especialistas.
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