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Este verão, arte portuguesa é estrela nos maiores museus franceses

Uma exposição inédita com os mestres primitivos no Louvre, outra de arte contemporânea no Centro Georges Pompidou e uma iniciativa da Fundação Gulbenkian vão aquecer o panorama cultural francês. A iniciativa visa aprofundar o relacionamento cultural entre os dois países.
8 Junho 2022, 20h30

A abertura da exposição “A idade de ouro do Renascimento português” no Museu do Louvre, inicia uma sucessão de exposições que trazem artistas portugueses de todas as épocas a diversas cidades em França.

Esta exposição no Louvre, a primeira dedicada inteiramente a arte portuguesa, foi inaugurada pelo primeiro-ministro, António Costa, em Paris e estará aberta ao público a partir de 10 de junho.

O Museu do Louvre espera que esta seja uma oportunidade para o seu público “descobrir” a arte portuguesa dos séculos XV e XVI, segundo o comunicado de imprensa enviado às redações.

Numa sala do Louvre vão ser mostrados 15 quadros emprestados pelo Museu Nacional de Arte Antiga de Lisboa, entre eles obras de Nuno Gonçalves, Jorge Afonso, Cristóvão de Figueiredo e Gregório Lopes. Esta exposição estará patente até dia 10 de setembro.

No Centro Pompidou, o foco está em artistas contemporâneos, com a exposição “O resto é sombra”, um projeto conjunto do cineasta Pedro Costa, do escultor Rui Chafes e do fotógrafo Paulo Nozolino, a contar também com a inauguração, hoje, do primeiro-ministro português. Esta mostra abre ao público no dia 08 de junho e fica patente até dia 22 de agosto.

As obras dos três artistas portugueses vão dialogar através da fotografia, escultura e cinema, num percurso que o Centro Pompidou descreve como “imersivo”, interrogando o percurso de cada um dos artistas.

Igualmente inaugurada pelo primeiro-ministro hoje é a exposição “Gulbenkian por ele próprio, na intimidade de um colecionador”, uma mostra em que várias peças da coleção de Calouste Gulbenkian vão ser expostas no Hotel de la Marine, um museu recentemente renovado e que acolhe a coleção Al Thani.

Esta exposição abre ao público no dia 10 de junho e ficará patente até 02 de outubro.

Temporada Cruzada Portugal-França

Fora de Paris, inaugura também esta semana a exposição “No olho do labirinto”, com obras de Maria Helena Vieira da Silva, no Museu Cantini, em Marselha. A realização desta exposição é apoiada pela Fundação Gulbenkian, em colaboração com a galeria Jeanne Bucher Jaeger, galeria histórica de Maria Helena Vieira da Silva, em Paris, e com o Museu de Dijon, para onde a exposição vai em dezembro.

Ainda no sul de França, abre “Um verão em Portugal”, na Villa Tamaris, em Toulon. Nesta exposição cruzam-se cineastas, como Manoel de Oliveira, com ceramistas, como Bela Silva, assim como dois artistas franceses residentes em Portugal, Léna Durr et Zagros Mehrkian.

Esta mostra abrange quase 100 anos de história das artes em Portugal, cobrindo desde a década de 1930, até aos nossos dias.

Todas estas exposições decorrem no quadro da Temporada Cruzada Portugal-França, uma iniciativa de diplomacia bilateral que visa aprofundar o relacionamento cultural entre os dois países.

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