Um camião abalroou uma multidão numa rua no centro da cidade de Estocolmo esta tarde. É a quarta vez em menos de um ano que este é o modus operandi para ataques no ‘coração’ das cidades europeias.
“A escolha deste método e a forma recorrente como tem sido usado ultimamente revela que provavelmente as autoridades europeias estão a dificultar mais a actividade operacional destes grupos ou pessoas individuais que pretendem cometer estes ataques”, considera Lívia Franco, especialista em Relações Internacionais e docente do departamento de Estudos Políticos na Universidade Católica de Lisboa, em declarações ao Jornal Económico.
Lívia Franco sublinha que este modus operandi “é por um lado mais dificilmente detetável do que se trabalharem com dispositivos e armas, onde é mais fácil o sinal de alerta”.
Por outro lado, as autoridades europeias apertaram o cerco aos movimentos e redes terroristas, que procuram métodos alternativos.
Ainda que sublinhe que até ao momento não exista confirmação que o ataque em Estocolmo tenha sido um ataque terrorista, a especialista em Relações Internacionais salienta que estes ataques têm sido perpetuados por “lobos solitários ou pequenas células muito descentralizadas com poucos operacionais”.
Lívia Franco alerta que “esta forma de agir é de fácil contágio, onde há o efeito sugestão de cópia” e é também neste sentido que se assiste a uma maior prudência das autoridades em “logo a seguir aos eventos quererem ter a certeza que o ataque foi terrorista ou não, ou se cometido por alguém desequilibrado”.
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