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Estrangeiros na Base das Lajes? Republicano norte-americano considera “inaceitável”

Aviso de Devin Nunes surge na sequência das declarações do primeiro-ministro português, António Costa, que afirmava em Macau que a China seria um bom parceiro para a criação de “uma plataforma de pesquisa científica”.
24 Abril 2017, 15h18

O congressista republicano dos Estados Unidos Devin Nunes defendeu esta segunda-feira que a presença de “qualquer entidade estrangeira” perto da Base das Lajes, nos Açores, “não é boa ideia”, tendo em conta a importância geoestratégica do local. Devin Nunes afirma que a infraestrutura aeronáutica da Força Aérea Portuguesa deveria ser “reutilizada para fins de investigação científica” e que esta tem uma importância acrescida não só em termos militares mas também de logística e tecnologia.

Em entrevista à agência ‘Lusa’, a propósito de uma visita às instalações de defesa naval portuguesa, Devin Nunes sublinha que “qualquer estrangeiro perto dessa base não é boa ideia. É um local estratégico e não precisamos de ter ninguém por perto”. Devin Nunes diz estar “muito preocupado sobre qualquer envolvimento externo não só nessa base, mas em qualquer outra do mundo”.

O aviso de Devin Nunes surge na sequência das declarações do primeiro-ministro português, António Costa, que afirmava em Macau que a China seria um bom parceiro para a criação de “uma plataforma de pesquisa científica”.

“Há 70 anos que as Lajes têm sido um local estratégico, não só para projetar as forças de segurança norte-americanas, mas também para proteger os Estados Unidos, e esse continua a ser o caso, e será sempre, a não ser que as ilhas desapareçam por qualquer razão”, explica o congressista norte-americano, considerando que a Base das Lajes é “um dos locais mais estratégicos no mundo”.

Devin Nunes diz ainda que “o problema é que nos últimos oito anos, no processo de consolidação e ‘downsizing’ [redução], acabamos com as pessoas colocadas nos locais mais caros da Europa, quando as Lajes podem claramente albergar 2 ou 3 mil pessoas, o que não faz sentido financeiramente para o contribuinte norte-americano, e pode colocar em perigo essa localização estratégica, o que é totalmente inaceitável”.

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