[weglot_switcher]

Estratégia para “reparar e preparar: o euro e o crescimento depois do Brexit” apresentada em Lisboa

O grupo considera que “o euro continua a ser vulnerável e as incertezas em torno da União Monetária e Económica estão entre as causas de algumas das principais fraquezas económicas e sociais da Europa”.
22 Fevereiro 2017, 07h20

O relatório “Reparar e Preparar: o euro e o crescimento depois do Brexit”, elaborado por um grupo de trabalho com membros europeus, entre eles António Vitorino e Maria João Rodrigues, para debater a estratégia de crescimento na zona euro, é apresentado hoje na Gulbenkian, em Lisboa.

O grupo, constituído no âmbito do projeto “Reppair and Prepare – Strengthen the euro” do Bertelsmann Stiftung e do Instituto Jacques Delors de Berlim, deixa claro que “o euro continua a ser vulnerável e as incertezas em torno da União Monetária e Económica estão entre as causas de algumas das principais fraquezas económicas e sociais da Europa”, e foi para fazer face a estas “fraquezas” que se propuseram a refletir sobre a estratégia para “trazer o crescimento económico de volta para a zona euro”. 

Segundo o relatório, cuja apresentação contará com a presença do ministro das Finanças, Mário Centeno, “poucas das deficiências estruturais que desencadearam a crise da zona euro foram abordados”, considerando que a União Monetária e Económica não está preparada para uma nova crise.

O Brexit é apontado como uma contribuição para o aumento da “vulnerabilidade política” das instituições europeias. E é precisamente, a forma de contornar esta vulnerabilidade que Henrik Enderlein, Diretor do Instituto Jacques Delors em Berlim, Enrico Letta, presidente do Instito Delos, Gertrude Tumpell-Gugerell, antigo membro do Conselho Executivo do BCE, José Leandro, da Comissão Europeia, Niels Thygesen, presidente do conselho fiscal europeu, António Vitorino e Maria João Rodrigues, irão debater na tarde de hoje.

Os autores do estudo defendem a aplicação de algumas medidas imediatas com vista ao fortalecimento do euro, nomeadamente o reforço do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE), um reforço da União Bancária e uma coordenação das políticas económicas sob um melhor controlo democrático. Também a combinação de uma agenda de reformas estruturais com uma iniciativa de investimento compreensiva é colocada em cima da mesa.

“Se quisermos que a moeda comum proporcione estabilidade, crescimento económico e força política, temos de preparar e reformar a área do euro agora”, defendem no estudo. 

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.