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Estrutura acionista da Galp pode sofrer alterações com saída de Isabel dos Santos da Sonangol

Em causa está um possível desinvestimento da Amorim Energia, que é o maior acionista da empresa portuguesa e que pode vir a sair penalizada pela saída de Isabel dos Santos da petrolífera estatal Sonangol, avança o jornal espanhol “El Confidencial”.
27 Fevereiro 2018, 10h56

Estrutura acionista da Galp Energia, principal petrolífera em Portugal, podem vir a sofrer uma nova mudança nos próximos meses. Em causa está um possível desinvestimento da Amorim Energia, que é o maior acionista da empresa portuguesa e que pode vir a sair penalizada pela saída de Isabel dos Santos da petrolífera estatal Sonangol, avança o jornal espanhol “El Confidencial”.

A Amorim Energia é detida em 55% pelo Grupo Amorim, a holding criada pelo empresário do ramo da cortiça Américo Amorim, e outros 45% estão nas mãos da Esperaza Holding, que tem como maior acionista a Sonangol. Com a exoneração de Isabel dos Santos do cargo de presidente do conselho de administração da petrolífera angolana e a morte de Américo Amorim, os laços históricos que uniram esses investidores desapareceram.

A Esperaza Holding é detida em 55% pela Sonangol e em 45% por Isabeld os Santos, empresária e filha do ex-presidente de Angola José Eduardo dos Santos.

A Amorim Energia detém 33,34% da Galp Energia.

O jornal espanhol, que cita fontes próximas da Amorim Energia, refere que uma das hipóteses que parece estar em cima da mesa é a venda das participações da Esperaza Holding na Amorim Energia, o que, por sua vez, terá impacto nas ações que a empresa portuguesa detém na Galp.

A questão não é trivial, tendo em conta que a Amorim Energia detém uma posição maioritária nas ações da Galp, avaliada em cerca de 3,8 mil milhões de euros. O Estado português é o segundo maior acionista e detém apenas 7%.

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