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Estudantes de Medicina reúnem-se no Porto para debater “saúde em Portugal e além-fronteiras”

O Congresso Nacional de Estudantes de Medicina realiza-se entre os dias 27 e 28 de outubro, no Centro de Congressos do Instituto Superior de Engenharia do Porto. O presidente da Associação Nacional de Estudantes de Medicina, Edgar Simões, disse ao Jornal Económico que “deve existir uma sensibilização precoce para o potencial da tecnologia ao serviço da medicina”.
26 Outubro 2018, 15h47

Os estudantes de Medicina em Portugal vão reunir-se na cidade ‘Invicta’ para um debate sobre o estado da saúde no país e a nível internacional, trocando experiências sobre como podem contribuir para definir políticas mundiais e ajudar migrantes, por exemplo. O Congresso Nacional de Estudantes de Medicina (CNEM) realiza-se este fim de semana (27 e 28 de outubro), no Centro de Congressos do Instituto Superior de Engenharia do Porto, e irá juntar mais de 400 alunos, 17 oradores e 36 formadores.

Ao Jornal Económico, o presidente da Associação Nacional de Estudantes de Medicina, Edgar Simões, disse que “esta edição está fundamentalmente alicerçada em dois eixos: a saúde em Portugal e a saúde além-fronteiras”. “Pretendemos que os estudantes obtenham um conhecimento alargado da medicina nas várias vertentes e não apenas ligadas à clínica. Queremos que passem pela intervenção em contexto de catástrofe, investigação, inovação e tecnologia, genética, ética e humanização dos cuidados de saúde – ou seja: que se adquira uma visão holística, formativa e complementar dos cursos de medicina em Portugal”, afirmou.

Segundo a organização, as expectativas para este evento são grandes, dado que as inscrições terão esgotado “no primeiro minuto”. O porta-voz do encontro refere que o congresso estará focado na intervenção que qualquer estudante de medicina pode ter a nível internacional, nomeadamente na saúde global, dos migrantes, na definição de políticas de saúde mundiais, etc. Em declarações ao semanário, o dirigente associativo realçou que espera “acima de tudo que haja margem para o debate, a troca de vivências e de experiências, de visões e que se fomente um verdadeiro movimento estudantil que capacita as novas gerações para os desafios de um médico do século XXI”.

Em relação à importância das novas tecnologias neste ramo, Edgar Simões defende que deve existir uma “sensibilização precoce” para o potencial do digital na medicina e que deve fomentar-se “o uso de simulação e do uso de robótica na formação dos estudantes”. “Todos os dias há novos fármacos, técnicas, genes descobertos. A medicina tem hoje um conhecimento sólido nos livros e manuscritos e uma aplicação prática optimizada pela tecnologia, em crescente evolução, e é preciso que todos acompanhemos essa mudança”, expaudelicou.

Inovação na saúde será premiada

Questionado sobre os objetivos do CNEM Pitch – em que os participantes têm 90 segundos para, num formato “Shark Tank”, convencer o nosso painel de jurados de que a sua ideia merece investimento –, o presidente da Associação Nacional de Estudantes de Medicina disse que a iniciativa pretende dar voz à visão de um estudante. “Nem todos podem ser grandes revolucionários mas uma ideia revolucionária pode surgir em qualquer lado. É esse o desafio: que os participantes dêem a conhecer as suas ideias ou projetos originais e que o potencial, onde ele exista, possa ser amplificado.

O CNEM Pitch, que conta com o apoio do Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde, irá premiar a ideia vencedora com 750 euros e receber aconselhamento profissional. “Terá ainda direito a um workshop de inovação oferecido pela Unilabs – Portugal e um estetoscópio oferecido pela Bacelar – Equipamentos Médicos”, acrescentou Edgar Simões.

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