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Estudo da EDIA conclui que olivais novos consomem pouca água

O documento mostra que o olival moderno e intensivo, aliado a boas práticas culturais, tais como o enrelvamento nas entrelinhas, tem melhorado a estrutura e aumentado a quantidade de matéria orgânica no solo.
15 Março 2021, 21h17

A EDIA – Empresa de Desenvolvimento e Infra-Estruturas do Alqueva elaborou um estudo, a pedido do Governo, que conclui que os novos olivais intensivos consomem pouca água, contrariando diversas afirmações públicas emitidas em sentido contrário nos últimos tempos.

Segundo esse estudo, o olival é uma cultura com baixas exigências hídricas e adaptada ao Alqueva, além de ter permitido uma rentabilização dos investimentos públicos.

A EDIA sublinha também, no referido estudo, a que o Jornal Económico teve acesso, que a cultura do olival moderno, conjugada com boas práticas, como o enrelvamento nas entrelinhas, melhora a estrutura e aumenta a quantidade de matéria orgânica no solo, combatendo a erosão e desertificação.

“A Olivum congratula-se com as conclusões do mais recente estudo da EDIA que vão ao encontro dos argumentos que a Associação de Olivicultores e Lagares do Sul tem apresentado na defesa do olival como uma cultura sustentável e eficiente na gestão de recursos naturais. Depois de um estudo científico de dois anos, a EDIA (…) revela que o olival está perfeitamente adaptado à região do Alqueva e sublinha tratar-se de uma cultura com baixas exigências hídricas”, reage a associação às conclusões agora conhecidas do estudo da EDIA.

A Olivum assinala que este estudo da EDIA foi realizado a pedido do Governo e publicado no passado dia 12 de março, acrescentando que o documento “mostra que o olival moderno, aliado a boas práticas culturais, tais como o enrelvamento nas entrelinhas, tem melhorado a estrutura e aumentado a quantidade de matéria orgânica no solo”.

“A evidência científica demonstra que o olival em copa e em sebe não promove mais pressões ambientais do que outras culturas regadas com expressão determinante no Alentejo. Pelo contrário: os indicadores apontam o olival moderno como uma das culturas menos potenciadoras de impactos negativos no solo”, adianta o referido comunicado.

“Estas conclusões são de extrema importância para um sector que tem trabalhado muito no sentido de combater mitos sobre a sustentabilidade do olival. Satisfaz-nos saber que o trabalho de desmitificação desenvolvido por todos os envolvidos na olivicultura, da produção de azeitona à comercialização do azeite, é agora oficialmente reconhecido através de um estudo científico munido de sólida fundamentação”, afirma Gonçalo Almeida Simões, diretor executivo da Olivum.

De acordo com os responsáveis desta associação, a EDIA “indica ainda que o olival tem permitido uma rentabilização dos investimentos públicos no Alqueva, ao proporcionar uma rápida e grande adesão dos agricultores ao regadio, ao apresentar esta como uma cultura que gera uma considerável mais-valia económica, social e laboral”.

“O sector do olival impacta mais de 32 mil pessoas e, sendo um dos incontestáveis protagonistas do sector agroalimentar, continuou sempre ativo desde o início da pandemia, sem recorrer a ‘lay-off’ ou a despedimentos. Este estudo, encomendado pelo Governo e com a prestigiante chancela da EDIA, vem de forma irrefutável dar resposta a muitas questões tantas vezes postas em causa”, refere Gonçalo Almeida Simões.

A Olivum destaca ainda que, segundo a EDIA, “o olival português aumentou drasticamente a sua produtividade na última década, o que possibilitou um superavit de exportações de 250 milhões de euros”.

“Portugal passou de uma situação de crónico importador de azeite para exportador, tendo este contributo sido alavancado nos investimentos e produção verificados no Perímetro de Rega de Alqueva”, conclui o comunicado da Olivum.

 

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