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Estudo da PwC diz que 2017 foi o melhor ano em termos de evolução da economia do mar na Madeira

O estudo diz que nem sempre os investimentos por agentes internacionais na economia do mar têm objetivo económico.
12 Fevereiro 2019, 21h18

A importância da geoestratégia marítima foi o foco do estudo apresentado pela PricewaterhouseCoopers (PwC) – LEME – esta terça-feira no Auditório do Comando Operacional da Madeira. A grande novidade deste estudo, com base em dados de 2017, é que este foi o melhor ano em termos de evolução da economia do mar na Madeira. Miguel Marques, o responsável pela apresentação do estudo da PwC , explicou que “isto está em linha com o que aconteceu na economia do mar nacional, que também teve um ótimo ano em termos das indústrias do mar e da sua evolução”.

No entanto Miguel Marques não deixa de referir que “ainda se pode fazer melhor”, pois diz que “existe a crítica comum de que há um potencial enorme no mar em Portugal que não está a ser aproveitado”.

Quanto a conclusões, o estudo diz que nem sempre os investimentos por agentes internacionais na economia do mar têm objetivo económico. Isto quer dizer que há países, estados e empresas não nacionais que investem na economia do mar por razões geoestratégicas.

Esta foi a nona edição do LEME, sendo que este é o quinto ano consecutivo na Madeira.

Números importantes 

“O transporte marítimo é a base da economia globalizada que vivemos hoje”, disse o Comandante Sardinha Monteiro do Estado Maior da Armada, e os dados dizem que 55% das exportações portuguesas são feitas por via marítima e mais de 60% das importações também nos chegam por mar. Outro dado importante é que 50% do petróleo mundial circula por mar e no nosso país a importação marítima de petróleo representa 100%.

Segundo Miguel Marques, Portugal entrou pela primeira vez no LEME no top 20 dos maiores registos de navios do mundo, dando destaque à tonelagem de navios que passaram a estar registados na Madeira, o que para o responsável pela apresentação do estudo “não é fácil de acontecer”. Já no que diz respeito à construção naval há uma perspetiva de estagnação ou até mesmo de um crescimento negativo no todo mundial.

Sardinha Monteiro referiu que em termos de Zona Económica Exclusiva somos o décimo primeiro maior país do mundo.

A pesca, apesar de na União Europeia ter decrescido bastante, não diminuiu muito no todo mundial, sendo que a China detém 20% da quota da pesca mundial, mais de o dobro do país que se posiciona em segundo lugar, a Indonésia, e em terceiro está os Estados Unidos, um país que raramente é associado a esta atividade. Mais uma vez, a China é potência na aquacultura, com 62% da aquacultura mundial.

Quanto à indústria marítimo-turística o estudo diz que esta está muito dependente das questões de segurança.

A novidade é que, depois de se ter lançado o LEME Canárias, Miguel Marques anunciou o LEME Golfo da Guiné, que “já está em curso e vai estar concluído dentro de 30 ou 60 dias”.

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