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EUA acusam Síria de assassinar prisioneiros e ocultar corpos

A administração norte-americana acusa governo sírio de assassinar prisioneiros em massa, cremando so corpos de seguida. E aponta o dedo à Rússia e ao Irão.
16 Maio 2017, 11h05

O Departamento de Estado norte-americano divulgou imagens da prisão militar de Saydnaya, a 45 minutos de Damasco, alegando que estas provam a prática continuada de assassínios em massa de prisioneiros, declarando mesmo que 50 detidos são enforcados diariamente nesta prisão. As fotografias, até agora classificadas, mostram um edifício no complexo prisional, que a diplomacia norte-americana afirma ter sido modificado para albergar estruturas de apoio a um crematório, que o Governo sírio utilizará para ocultar os cadáveres dos prisioneiros assassinados.

Stuart Jones, o mais importante diplomata norte-americano da hierarquia para o Médio Oriente, apresentou as fotografias e afirmou que o Presidente sírio, Bashar al Assad, “desceu a um novo nível de degradação”, com o apoio da Rússia e do Irão.

Recorde-se que, em fevereiro, a Amnistia Internacional acusou o Governo sírio de ter praticado “uma campanha calculada de execuções extrajudiciais” entre 2011 e 2015, na mesma prisão de Saydnaya, que terá resultado na morte de 13 mil pessoas, na sua maioria civis. “Entre 2011 e 2015, todas as semanas e muitas vezes duas vezes por semana, grupos de até 50 pessoas eram levadas das suas celas prisionais e enforcadas. Em cinco anos, até 13 mil pessoas, a maioria deles civis considerados opositores do governo, foram enforcadas em segredo em Saydnaya“, pode ler-se neste relatório da Amnistia Internacional, titulado “Matadouro Humano: Enforcamentos e extermínio em massa na Prisão de Saydnaya, Síria”.

O relatório da Amnistia Internacional chega a mencionar “políticas de extermínio” e a referir que que “estas práticas, que constituem crimes de guerra e crimes contra a humanidade, são autorizadas aos mais altos níveis do governo sírio”.

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