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EUA: Colégio Eleitoral prestes a confirmar vitória de Joe Biden

O Colégio Eleitoral está reunido para confirmar formalmente a vitória do democrata Joe Biden. E mesmo que o ato continue, seguindo os fusos horários respetivos, já há poucas dúvidas sobre o desfecho.
14 Dezembro 2020, 21h45

Membros do Colégio Eleitoral de Michigan, Pensilvânia, Geórgia, Wisconsin e Arizona – Estados onde o democrata Joe Biden venceu, mas cuja vitória foi contestados (sem sucesso) nos tribunais pelo candidato republicano derrotado Donald Trump – já exerceram o direito de voto, tendo-o feito no ex-vice-presidente de Barack Obama.

Para os observadores, citados pelos jornais norte-americanos, isso fecha definitivamente o ciclo e Donald Trump deixa assim de ter a possibilidade de ganhar ‘na secretaria’ aquilo que não conseguiu no terreno. Os votos do Colégio Eleitoral, tradicionalmente uma formalidade, assumiram uma importância enorme por causa das alegações de Trump de fraude generalizada nas eleições de 3 de novembro passado. Mas os 306 votos do Colégio Eleitoral agregados por Biden colocavam as hipóteses de Trump a um nível muito baixo.

Mas os jornais não deixam de frisar que as esperanças de Trump seguem para a sessão especial do Congresso dos Estados Unidos de 6 de janeiro – onde, espera-se, alguns deputados republicanos irão colocar em causa a composição do Colégio em alguns Estados. Mera formalidade e algum desespero, dizem os analistas – dado que Trump não tem hipótese de mudar os resultados a seu favor.

De qualquer modo, assim que a votação do Colégio Eleitoral estiver concluída, Donald Trump pode tentar persuadir o Congresso a não certificar a contagem na reunião de 6 de janeiro. Qualquer tentativa de bloquear os resultados de um estado e, assim, mudar a contagem geral dos Estados Unidos, deve ser aprovada nas duas câmaras do Congresso nesse dia.

Trump disse no final do mês passado que deixaria a Casa Branca se o Colégio Eleitoral votasse em Biden, mas desde então tem pressionado de forma sem precedentes para reverter a derrota, tentando sem sucesso avançar com vários processos em tribunal – nomeadamente no Tribunal Superior Federal.

Entretanto, os apoiantes de Trump continuam em grande atividade nas redes sociais – e alguns também nas ruas, onde se têm verificado alguns desacatos. Durante toda esta segunda-feira fora do Capitólio estadual em Lansing, Michigan, adeptos de Trump mantiveram-se numa espécie de vigília, alegando fraude eleitoral.

Em 2016, Trump ganhou o Colégio Eleitoral apesar de perder o voto popular para a democrata Hillary Clinton por quase três milhões de votos. A votação formal atraiu as atenções quando alguns ativistas democratas pediram aos eleitores que se rebelassem contra Trump. No final, sete eleitores romperam as fileiras, um número incomumente alto, mas evidentemente insuficiente.

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