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EUA, Japão e agora Portugal: Hitachi escolhe Lisboa para abrir 3º Centro de Excelência

Em entrevista ao Jornal Económico, o responsável de serviços de consultoria da tecnológica em Portugal, Constantino Almeida, disse que a sociedade portuguesa está aberta à inovação: “Não tenho mesmo dúvida de que Portugal está na moda”.
  • Cristina Bernardo
17 Fevereiro 2018, 12h00

É uma das maiores consultoras de tecnologia do mundo e, depois dos Estados Unidos da América e do Japão, escolheu recentemente Portugal para instalar o seu terceiro Centro de Excelência no mundo. A Hitachi Consulting tem presença no país através do escritório em Lisboa e do centro de desenvolvimento do produto no Tagus Park, em Oeiras. De 2006 até agora, a inauguração desde espaço é o projeto mais forte da empresa em território nacional.

“A Hitachi Consulting em Portugal é uma das mais de 900 empresas do grupo. Temos uma longa história aqui, mais de 10 anos, de prova de competência do nosso trabalho. Por outro lado, estamos a viver um momento excepcional em Portugal em termos de tecnologia e temos uma sociedade aberta à inovação”, explicou ao Jornal Económico o responsável de serviços de consultoria da Hitachi Portugal.

Constantino Almeida sabe que não foi coincidência o facto de o negócio ter sido fechado na Web Summit, no passado mês de novembro. Orador de um dos painéis da cimeira, o CDO (Chief Data Officer) da Hitachi esteve em Portugal e dissipou quaisquer dúvidas que ainda existiam sobre se Portugal seria uma boa aposta.“Não tenho mesmo dúvida de que Portugal está na moda”, garante Constantino Almeida, realçando, no entanto, que se espera mais dos portugueses e deste projeto do que simplesmente pertencerem a um país ‘na moda’, como talento e competências dos engenheiros e cientistas.

O responsável pelo Centro de Excelência em Portugal disse que o investimento, que já levou à compra de mais um piso na Torre das Amoreiras, prevê a criação de cerca de 100 postos de trabalho em 2018. Para os novos desafios esperam-se profissionais de Engenharia, para desenvolvimento de sistemas de informação, de Física e Matemática, para exercer funções ligadas à Data Science e Machine Learning de Inteligência Artificial.

O engenheiro não acredita que os portugueses tenham falta de skills para o investimento que as gigantes tecnológicas estão a fazer no país – e os resultados que a empresa obtém através dos seus recursos confirmam-no, segundo o mesmo porta-voz. “Não é essa a perceção que temos e que os nossos clientes têm e pelos resultados que temos”, diz ao semanário.

O Centro vai servir clientes nacionais e internacionais, na Europa, Médio Oriente e África (EMEA) e desenvolver soluções de Social Innovation Business e video intelligence. “Acabámos de utilizar os sensores 3D em Veneza para monitorizar o fluxo de pessoas, numa altura em que houve o Carnaval. Até hoje não sabiam o número exato de pessoas que entravam e saiam da cidade. A partir daí podem canalizá-las para determinados locais e tornar a experiência melhor dos residentes, comerciantes e visitantes”, contou o representante da empresa que, no ano passado, a Hitachi Portugal obteve o 5º lugar, na categoria de Médias Empresas, no Índice de Excelência em Portugal.

 

 

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