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EUA: Pedidos de subsídio de desemprego voltam a subir até aos 861 mil

Depois de uma revisão em alta que deixou os números da semana anterior novamente acima dos 800 mil pedidos, tal como havia sucedido no período imediatamente anterior, o indicador voltou a ficar acima das previsões, ilustrando a fragilidade do mercado laboral numa economia que se vai comportando melhor do que inicialmente esperado.
  • Estados Unidos
18 Fevereiro 2021, 15h02

O número de pedidos de subsídio de desemprego nos Estados Unidos (EUA) subiu na semana terminada a 13 de janeiro, conforme indicam os dados divulgados esta quinta-feira pelo Departamento do Trabalho norte-americano. O indicador registou 861 mil pedidos, significativamente acima da previsão dos analistas, que apontava para 773 mil, segundo o Dow Jones.

O número representa uma subida em relação aos 848 mil pedidos recebidos pelo Governo federal na semana anterior, um número revisto em alta depois da divulgação inicial de 793 mil.

Existem ainda 4,5 milhões de americanos a receber este apoio ao desemprego, uma ligeira descida de 64 mil no indicador. Este valor reporta-se à semana terminada a 6 de fevereiro, dado que o indicador é divulgado com uma semana de atraso em relação aos novos pedidos.

Já o esquema de assistência ao desemprego pandémico registou mais 334,5 mil pedidos, uma descida quando comparando com os 369 mil verificados na semana anterior.

No entanto, a evolução da pandemia nalguns estados continua a impedir o normal funcionamento da atividade económica. A reabertura a meio-gás da restauração em Nova Iorque este fim-de-semana deverá ter um impacto positivo nos números vindouros, bem como a retoma da atividade na Califórnia, que deverá começar a ocorrer, embora de forma faseada, a partir da próxima semana.

O mercado laboral norte-americano continua assim a mostrar alguma fragilidade, apesar de os restantes sectores da economia exibirem performances melhores do que o esperado. Os apoios dados às famílias em dezembro, quando foi aprovado o segundo pacote de estímulo, resultaram em dados de janeiro do comércio a retalho mais positivos do que inicialmente apontado, por exemplo.

O Congresso tem-se debatido com a aprovação de um novo conjunto de medidas de apoio à maior economia do mundo, que foi também a mais afetada pela Covid-19. Este pacote deverá incluir pagamentos mais significativos às famílias e uma extensão do suplemento federal de apoio ao desemprego, visto que o atualmente em vigor expirará daqui por um mês.

Os mercados reagiram com preocupação a estes dados, com o Dow Jones a cair cerca de 200 pontos na abertura, motivado em parte pelos desanimadores indicadores conhecidos esta quinta-feira.

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