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EUA: Pedidos semanais de subsídio desemprego em mínimos pandémicos pela segunda semana seguida

A segunda semana consecutiva de mínimos em pandemia no que toca aos pedidos de subsídio de desemprego confirma a recuperação laboral na maior economia do mundo, apesar de haver ainda mais 8 milhões de americanos sem emprego do que aquando da chegada da Covid-19.
22 Abril 2021, 14h33

O número de norte-americanos que submeteram pedidos para o subsídio federal de desemprego voltou a descer na semana terminada a 17 de abril, revelam os dados do Departamento do Trabalho conhecidos esta quarta-feira, fixando um novo mínimo desde a chegada da Covid-19. Os 547 mil pedidos registados ficam igualmente abaixo das expectativas dos mercados, que apontavam para um valor na ordem dos 620 mil, segundo a média apurada pela TradingEconomics.

Apesar da revisão em alta dos dados divulgados a semana passada, que apontam agora para 586 mil submissões da documentação necessária para a atribuição do subsídio de desemprego, ao invés dos 576 mil inicialmente reportados, estes dados refletem a melhoria da situação laboral na maior economia do mundo depois de vários meses com o indicador semanal acima dos 600 mil novos desempregados.

O novo mínimo em pandemia, que é agora renovado na semana imediatamente a seguir ao mais recente recorde desde março de 2020, aponta para um efeito real no mercado de trabalho norte-americano, afastando a hipótese de a descida verificada na semana terminada a 10 de abril se dever maioritariamente a atrasos nos centros de emprego.

Também os subsídios ainda a pagamento, cuja divulgação é feita com uma semana de atraso em relação aos novos pedidos, atingiram um novo mínimo pandémico ao descerem 34 mil para os 3,67 milhões. Ainda assim, importa notar que existem atualmente mais 8 milhões de pessoas sem emprego nos EUA do que antes da Covid-19.

Espelho desta realidade é o ligeiro aumento nos pedidos de apoio ao abrigo do esquema de assistência pandémica, que abrange trabalhadores que não se qualificam para o subsídio federal de desemprego, sobretudo por serem independentes ou terem já esgotado o período em que estão habilitados a receber esta prestação. Este indicador subiu muito ligeiramente até aos 133 mil pedidos na semana que acabou a 17 de abril, depois de terem sido registados 132 mil no período anterior.

Estes números, juntamente com o relatório da criação de emprego de março que revelou quase mais um milhão de postos de trabalho criados durante esse mês, a subida de 10% nas vendas a retalho nesse mês e o programa de estímulos económicos que tem injetado quantidades consideráveis de dinheiro na economia mostram um cenário animador do outro lado do Atlântico, mudando a preocupação com a subida expectável da inflação face a esta prestação e às baixas taxas de juro estabelecidas.

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