Empresas e investidores norte-americanos investiram mil milhões no sector da Inteligência Artificial (IA) chinesa entre 2015 e 2021, segundo avança a Reuters e o jornal “CNBC”. Um documento realizado pela Center for Security and Emerging Technology (CSET), informou que 167 investidores americanos participaram em 17% dos investimentos em empresas chinesas de IA.
Perante estas informações a administração de Biden prepara-se para divulgar uma ordem executiva para restringir o investimento de empresas americanas em tecnologias de IA chinesas. Washington culpa os investidores americanos por entregarem capital que, no entender das autoridades dos EUA, poderá ajudar Pequim a melhorar as suas capacidades militares.
Segundo um analista do Bank of America, uma proibição do investimento americano em empresas tecnológicas chinesas pode aumentar a volatilidade do mercado. A ordem que se espera por parte da Casa Branca inclui o término de investimento em áreas como IA, 5G, computação quântica e a produção de semicondutores avançados. Ainda não está definido quando é que esta medida pode entrar em vigor nem que valores poderão estar envolvidos em caso de restrição.
“Se houver uma proibição restrita para os investidores americanos não investirem na China, poderá causar uma oferta significativa de ações durante o período de carência e, portanto, deixaria espaço para uma potencial volatilidade a curto prazo”, segundo afirma o analista do Bank of America sediado em Hong Kong. ” Apesar da IA estar muito presente hoje em dia, as empresas que não tenham grande negócio com IA, muito provavelmente não vão ser afetados pela medida dos EUA”, prevê o mesmo analista.